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Em Esmoriz, constroem-se barcos com alma que são histórias a navegar

A Ohnos constrói barcos exclusivos e sustentáveis

Amigos de infância, João Gonçalves e Cátia Rebelo, ambos engenheiros eletrotécnicos, partilham ainda a paixão  pelo mar e pela pela náutica. É daqui que nasce a Ohnos, um projeto português, com sede em Esmoriz, que constrói embarcações únicas, exclusivas e sustentáveis a partir de cascos existentes. Inspirada no glamour intemporal dos barcos clássicos, mas com tecnologia e consciência ecológica, a marca assenta em três pilares: economia circular, ‘handmade’ e exclusividade.



“A Ohnos nasce da tradição artesanal, design personalizado e consciência ecológica”, destaca João Gonçalves, acrescentando que “construímos embarcações exclusivas, de estilo clássico, reutilizando cascos existentes, dando-lhes nova vida, com tecnologia e materiais sustentáveis – incluindo a cortiça portuguesa”.
Cada embarcação é uma peça única e numerada, criada para amantes do mar, investidores e colecionadores náuticos, que valorizam a exclusividade verdadeira e o detalhe, com certificação náutica.

“O processo é 100% português e artesanal, nasce de memórias reconstruídas com tecnologia de ponta, com respeito pelo planeta e oferecendo ao utilizador final uma peça irrepetível”, destaca.

O processo começa com a seleção de cascos disponíveis, que são criteriosamente avaliados, totalmente desmontados e transformados em novas embarcações. O resultado é um produto que combina o rigor da engenharia naval, a tecnologia de ponta e o detalhe artesanal, recorrendo a materiais certificados como
madeira, cortiça portuguesa, aço inox, fibra e tecidos técnicos, sempre com foco na sustentabilidade.

Um Nicho de Exclusividade Real

O público-alvo da Ohnos inclui amantes do mar, investidores e colecionadores náuticos conscientes, bem como clientes institucionais ou turísticos que valorizam sustentabilidade e ‘storytelling’.

Os clientes da empresa esmorizense procuram exclusividade verdadeira, não aparência de luxo, valorizam o tempo e o processo de criação, a identidade própria no projeto e são movidos por emoção, detalhe e propósito.

Cada embarcação demora, em média, 8 meses a ser concluída e envolve uma equipa multidisciplinar de engenheiros, carpinteiros, eletricistas, designers, técnicos CNC e outros especialistas. A entrega e acompanhamento pós-venda inclui diário de bordo técnico e narrativo.

“Apesar de haver mercado em Portugal, a vocação é global”, desvenda João Gonçalves, adiantando que “o objetivo é crescer de forma sustentada, com 2 a 3 embarcações produzidas anualmente, mantendo o caráter artesanal e exclusivo”.

Cada embarcação recebe uma edição numerada Ohnos, com registo técnico e emocional do processo.
O valor de cada embarcação varia consoante o tamanho, a motorização e os acabamentos escolhidos, sendo que cada projeto é único — não há modelos repetidos.

O projeto, que será apresentado publicamente, foi já reconhecido e apoiado pelo programa #ConstruiroFuturo do PRR, no âmbito dos Vouchers para Startups – Novos Produtos Verdes e Digitais (Aviso N.o 16/C16-i02/2023).

“Na Ohnos, cada embarcação carrega uma alma única. Não criamos projetos em série, mas histórias que navegam. Cada um deles leva consigo um pedaço do nosso sonho, que desejamos que se transforme no sonho de alguém.”

 

As oito etapas-chave:

1. Pesquisa e diagnóstico do casco;

2. Intervenção sustentável com reaproveitamento máximo de materiais;

3. Projeto personalizado com design e engenharia à medida;

4. Adaptações estruturais para segurança e performance;

5. Instalação de sistemas de propulsão, navegação e conforto;

6. Acabamentos e personalização de alto nível;

7. Testes e certificações;

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