Opinião

Pronto, pronto… Hora de Inverno – Por Pedro Nuno

 

“Isto faz-me uma espécie do catano, pá!”, desabafava uma senhora idosa em relação à mudança de hora. A amiga, ao seu lado, acenava afirmativamente, num claro sinal de concordância, ao qual, pela lógica de tudo, me associo.


Há muito que a renovação horária estipulada para o último domingo de outubro é debatida. Segundo o leque de opiniões de café, a larga maioria das pessoas é contra. Dizem não fazer sentido algum, e é verdade. Trata-se de um dia tão ou mais patético como o dia de reflexão, que coíbe as pessoas de abrirem a boca sobre política nacional a escassas horas do escrutínio.

O atrasar da hora é um disparate, herdado através de uma forma ultrapassada, e algo obtusa, de pensamento. Não faz sentido algum mantê-la, e as companhias eléctricas espalhadas pela Europa fora esfregam as mãos de felicidade.

Não há, até ver, uma alma com arcaboiço capaz de colocar um término nesta fantochada. O debate sobre o tema há muito que, de quando em vez, vem à baila, essencialmente nesta altura do ano.

Quem é que gosta de ver as 17 horas contempladas com uma escuridão aflitiva? Quem é que gosta que anoiteça cedo para mais energia, aqui e ali, ser consumida.

É estapafúrdio, de facto, e todos os argumentos que evocam uma opinião discordante mais estapafúrdios são. Mudemos, então.

Pedro Nuno Marques

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