Ignoraram-se pessoas. Violaram-se princípios. – Deputados do AGIR eleitos na AM

As eleições autárquicas do passado dia 12 de outubro resultaram na eleição de diversos autarcas, entre os quais os que subscrevem o presente comunicado, pela plataforma cívica AGIR – Pelo desenvolvimento da nossa terra. Esta plataforma, livre de qualquer amarra partidária, teve a coragem e a capacidade de se apresentar às eleições com listas e candidatos a todos os órgãos municipais, bem como a todas as freguesias que compõem o nosso município.
Congregou o sentimento de milhares de cidadãos comuns que, desiludidos com a governação que o nosso município tem tido nas últimas décadas, empunharam e apregoaram, durante o período de campanha eleitoral, a bandeira da liberdade apartidária e da independência, acreditando que o programa eleitoral do AGIR seria o que melhor serviria os desígnios do concelho de Ovar.
Passadas as eleições, o que teria sido, no mínimo, correto e legítimo acontecer, por parte de qualquer plataforma cívica independente que se tenha submetido a eleições, seria que, imediatamente após os resultados eleitorais, se reunissem todos os que, na candidatura aos diversos órgãos concelhios, deram o seu nome, o seu rosto e apresentaram aos munícipes o projeto da plataforma cívica AGIR – Pelo desenvolvimento da nossa terra.
Infelizmente, tal não aconteceu. Nenhuma reunião foi convocada e, se o foi, tal aconteceu sem o conhecimento da globalidade dos candidatos eleitos à AMO.
Ignoraram-se pessoas. Violaram-se princípios.
Aniquilou-se o que de mais belo estes movimentos e plataformas cívicas podem trazer de contributo para a sociedade e para a política: a irreverência própria de quem tem total liberdade, autonomia e independência partidária.
NÃO APOIAMOS A LISTA DE SALVADOR MALHEIRO À PRESIDÊNCIA DA MESA DA AMO.
E tomaram-se decisões de forma unilateral e antidemocrática!
Ou melhor dizendo, numa “democracia despotista” dos líderes e candidatos à Câmara Municipal de Ovar e à Assembleia Municipal pela plataforma cívica AGIR, com a anuência e conivência de uma restrita meia dúzia de candidatos mais próximos, ignorando a auscultação a todos.
Carla Velado, Daniela Lopes “Patarena” e Rui Oliveira


