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A arte de um vareiro cervejeiro está em alta na Bélgica [c/vídeo]

Tiago Lopes é um especialista, o que se pode chamar um mestre em cerveja. Nascido e criado em Ovar, mudou-se para Bruxelas, na Bélgica, para trabalhar no ramo cervejeiro num país onde esta bebida tem uma evolução muito diferente da registada no nosso país.

“Vim para cá trabalhar com cerveja, numa das maiores cervejeiras artesanais belgas, a Brussels Beer Project”, conta o Tiago cuja arte da fabricação de cerveja é muito apreciada num país onde a tradição da cerveja é considerada excepcional.

Embora esteja na Bélgica há cinco anos, há 10 que se dedica à cerveja artesanal – “cinco desses anos em Lisboa, na “Dois Corvos”, enquanto cervejeiro”.

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O seu caso de sucesso já o levou, por exemplo, ao “TEDx Brussels”, “um sonho tornado realidade”. comenta. É que “quando bebi a minha primeira cerveja artesanal estava longe de imaginar que isso se tornaria na minha carreira”.

Cada copo de cerveja artesanal, ou ‘craft beer’, em inglês, mostra a criatividade e a paixão de quem a produz e a complexidade dos seus ingredientes.

Apesar da Europa andar a grande velocidade neste setor, “posso dizer que a cerveja portuguesa, principalmente a artesanal, também tem vindo a dar cartas a nível internacional”.

“Obviamente que não temos a cultura e tradição que a cerveja belga tem, mas a nível de inovação e criatividade temos vindo a fazer um bom trabalho”, avalia o cervejeiro vareiro radicado na Bélgica.

Partindo desta experiência e sabendo que há um público cada vez maior a apreciar as novas tendências da cerveja, “comecei, há cerca de cinco anos, a criar conteúdos sobre a cultura cervejeira em Portugal”, tornando-se num comunicador de cerveja profissional que, às vezes, começa a prová-las logo às 10 da manhã.

Através da investigação, em conjunto com os produtores de matérias-primas, de técnicas inovadoras de produção para acentuar ainda mais os aromas frescos e potentes do lúpulo e do malte, os mestres cervejeiros estão sempre em busca de novos estilos de cerveja.
Do seu trabalho de investigação, Tiago veio a descobrir que a “Utopias”, da Samuel Adams, uma das cervejas mais caras (e exclusivas) do mundo, vendida atualmente por cerca de 240 dólares cada garrafa, utiliza as barricas produzidas na região vareira para o processo de envelhecimento.

 

É a tanoaria J. Dias que fornece barricas de vinho do Porto que são usadas para envelhecer uma parte desta cerveja. Para além disso, a construção de tonéis e fornecimento de barricas construídas em Esmoriz já foram descobertos por várias cervejeiras europeias.

Este ‘know-how’ é importante para a indústria cervejeira em Portugal, tornando a J. Dias na principal distribuidora de barricas a nível nacional.

A J.Dias Cooperage é uma tanoaria situada em Paramos, muito perto de Esmoriz, a capital da Tanoaria em Portugal. “Seguem métodos tradicionais para transformar madeira de carvalho francês, português e americano em barricas, destinadas ao armazenamento e envelhecimento de vinho, destilados e cerveja”.

O Tiago foi conhecer a referida Tanoaria e conversou com Mickael Santos, gestor de vendas para mercados de exportação e faz a ponte com o mercado da cerveja artesanal, que tem vindo a “aumentar o uso de barricas usadas previamente (whisky, rum, vinhos generosos, etc) para produzirem cervejas únicas e consequentemente mais caras”.

E dessa visita, nasceu um video sobre a Arte da Tanoaria, em contexto cultural e etnográfico que pode ser visto aqui:

Mais: Tiago Lopes lançou também uma plataforma, a Quem bebe por gosto, onde há vídeos, podcasts e conteúdo em geral sobre a indústria da Cerveja Artesanal em Portugal.
“Este Podcast dá voz àqueles que diariamente desenham receitas, que moem os cereais, que evangelizam, que enchem copos, que esvaziam copos, que pagam copos, mas que, acima de tudo, que respiram cerveja”, explica, em resumo, este vareiro cervejeiro.

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