Opinião

A propósito de… – Florindo Pinto

Em Ovar sofrem, quase todos, do mesmo mal. Sejam de esquerda, sejam de direita: – Esmoriz é sempre, para “eles”, uma freguesia da província concelhia, no “cu” do mundo, das zonas metropolitanas; – Ovar é e será sempre, para “eles”, uma cidade.

Ora, Esmoriz é uma freguesia com o estatuto último de cidade, pelo que, para “quem” não estiver possuído de espirito colonizador, tratará Esmoriz pelo seu estatuto.

Seria interessante saber como tratariam Esmoriz, se se tivesse alterado o nome da Freguesia, p ex.: para Santa Maria de Esmoriz, e há por cá quem isso defenda. Neste caso, quando quisessem falar da Freguesia, teriam de lhe chamar – Freguesia de Santa Maria de Esmoriz e quando quisessem falar de Esmoriz, de modo mais abrangente, justo e sem “segundas intenções”, chamar-lhe-íam de cidade. Estatuto atribuído pela Assembleia da República – CIDADE de ESMORIZ.

Sabemos que Ovar nunca gostou do novo (quase um lustro) estatuto de Esmoriz. Sabemos que Ovar sempre “morreu de medo” por recear que a Cidade de Esmoriz, pudesse vir a ter a sua própria Câmara Municipal, tornando-se assim independente do velho colonizador.

O caminho da independência esteve bem perto. Ao tempo estavam na “fábrica de Ovar e de Esmoriz”, uns “vendilhões do templo”. E o que estava traçado no horizonte dos verdadeiros Esmorizenses, fartos de ser utilizados, explorados e marginalizados, de há longo tempo e também, por “aquela” Câmara, que é de Ovar, foi simplesmente riscado do papel.

Hoje, em Esmoriz, temos outros “leitores da mesma cartilha” que, muito obdientemente e por interesses muito pessoais, esqueceram o verdadeiro interesse da Cidade de Esmoriz – INDEPENDÊNCIA, e retiraram da “Voz” esse “sentir e outros, foram os primeiros a hastear, orgulhosos e servis, uma bandeira mal quista e que, seguindo o protocolo, consideram mais importante do que a Bandeira Nacional.

No que depender de Ovar, a Cidade de Esmoriz, nunca prosperará. Arrastar-se-á, ou andará mesmo para trás. É que, “eles” nunca irão gastar em Esmoriz um tostão, se, ao mesmo tempo, não gastarem um milhão em S. Cristóvão de Ovar. Gastar cá, sem gastar lá, nunca aconteceu e nas obras mais “caras”, executadas em Esmoriz, a maior parte do dinheiro veio da UE. Esmoriz pode afirmar: sempre foi um contribuinte líquido.
Como é possível, nos dias de hoje, a Cidade de Esmoriz, ter ruas no estado em que estão, mesmo sendo dito e badalado pelo executivo em exercício que as ruas estão mais limpas, como se limpas não fosse o seu estado natural, por exemplo, a Rua dos Castanheiros? A Rua dos Castanheiros é uma rua central e de intenso tráfego. É ali que muitos Esmorizenses exercem o seu direito de voto, no Palacete dos Castanheiros e não no “Patronato”, como “os” de Esmoriz conotados com Ovar, gostam de referir.

A Rua dos Castanheiros tem tido, tempos sem conta, mau piso, os cabos elétricos, telefónicos e de televisão continuam a “andar” pelo ar, os passeios não existem e os desnivelamentos das cotas das entradas das casas nunca mereceram a mais pequena atenção. Nunca foi negociado com os proprietários o recuo, em alguns terrenos, para que se pudesse dar mais dignidade a uma rua tão importante. Tudo isto, porque “lhes” convém e porque não têm o mínimo respeito pela Cidade de Esmoriz.

O que importa neste tempo de meio mandato, é dar música, muita música, fazer festas e mais festinhas, como que o povo disso precise como primeira necessidade. Por onde andará o pão de alguns?
A prioridade desta Câmara, percebe-se, está no fazer forrobodó e sempre com a directa intenção no voto fácil, e “em mim”, que garanta a cadeira do poder e a permanência/emprego em um qualquer cargo político, de chefia se possível, a um qualquer nível autárquico e a um qualquer custo.

Obras, obras, onde estão? Será que chegarão de bicicleta?

Florindo Pinto

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