Política

PS: “Executivo não aproveitou oportunidade concedida”

Os vereadores do PS votam contra o relatório de gestão e contas do município, de 2017, que mereceu do presidente da Câmara uma análise positiva, por entender que foi um ano de grande elevada taxa de execução orçamental.

Na declaração de voto relativa à votação do relatório de gestão e das contas do exercício de 2016, os vereadores eleitos pelo partido Socialista, deixam expresso: “No pressuposto de que no exercício de 2017, até ao final do mandato se fará mais e melhor, vamos abster-nos na votação do Relatório de Gestão e Contas de 2016 do Município de Ovar, possibilitando ao executivo em permanência a derradeira oportunidade de melhorar a performance global da sua ação governativa.”

Da análise que fizeram das contas, “verificamos que infelizmente para os munícipes de Ovar, a performance do executivo em permanência não aproveitou a oportunidade que lhes foi concedida pelos colegas que nos antecederam, e os números falam por si”.

“De um orçamento inicial programado para investimento de 10,4 M€, que depois foi revisto para 11,2M€, foram efetivamente realizados 8,2M€, menos 21% do que o inicialmente programado. Em conclusão o valor investido ficou aquém do que era desejado pelo executivo municipal”.

Os socialistas defendem que “a cobertura das despesas de investimento devia ser em grande parte suportada pelas transferências de capital, leia-se apoios ao investimento de programas financiados pelo Estado e Fundos Comunitários. O executivo camarário previa no orçamento inicial de 2017, recolher 7,4M€ em transferências de capital, reviu depois esse número em baixa para 5,1M€, e o valor executado cifrou-se em apenas, 2,9M€, isto é, 39,6% do que inicialmente previam, e 57,7% do valor retificado. Ficamos muito longe de garantir a cobertura necessária para os investimentos realizados, e não vemos plasmada no relatório uma explicação clara para esta discrepância”.

A continuar neste ritmo de execução, alerta Vitor Amaral, “em menos de dois anos o valor de disponibilidades e ativos realizáveis não chegarão para financiar quaisquer investimentos. Mesmo assim, não deixamos de considerar como positivo o facto do passivo ter diminuído 1 M€, em grande parte explicados pela diminuição da rubrica Acréscimos e Diferimentos e Provisões, que se cifrou em 748 mil Euros”.

O PS entende que o executivo em permanência não correspondeu ao desafio de melhorar a performance global da sua ação governativa, que lhe foi lançado pelos vereadores do Partido Socialista que os antecederam, pelo que, votaram contra o Relatório de Gestão e as Contas do Município de Ovar de 2017.

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