Cultura

FIMUV traz Cuca Roseta ao palco do Europarque com Orquestra Filarmónica Portuguesa

Logo após o espetáculo do próximo sábado com a brasileira Badi Assad, o FIMUV – Festival Internacional de Música de Paços de Brandão continua a manter o foco na Voz ao convidar para o concerto de domingo a fadista portuguesa Cuca Roseta. Numa parceria recente que ainda só teve apresentações em Viseu e na Guarda, a solista estará em palco no Grande Auditório do Europarque com a Orquestra Filarmónica Portuguesa, para, sob a direção do maestro Osvaldo Ferreira, dar a conhecer sobretudo os novos temas do álbum “Meu”, com arranjos sinfónicos por Marino de Freitas.

“Os concertos que tive com a Orquestra Filarmónica Portuguesa foram incríveis”, começa por referir Cuca Roseta. A fadista reconhece depois que a música erudita teve toda a influência na sua formação profissional e artística, e ainda faz parte do seu universo familiar. “Os meus pais e toda a minha família ouvem música clássica desde sempre”, revela. “Nasci e cresci a ouvir clássica, sobretudo com o meu pai, que ainda hoje tem nela a sua música de eleição. Tive a sorte de viver muito próxima da música clássica e da ópera, e talvez daí venha o meu gosto tão grande também por estes géneros musicais”.

Para Augusto Trindade, diretor artístico do FIMUV, essa proximidade às obras eruditas acaba por denunciar-se no estilo muito próprio de Cuca Roseta: “Nota-se na sua elegância peculiar, na delicadeza das suas interpretações, na presença subtil e discreta de uma certa grandiosidade que lhe acompanha a voz”. Como docente, violinista e inclusive como concertino da Orquestra Filarmónica Portuguesa (que fundou com Osvaldo Ferreira em 2016), esse músico já atuou diversas vezes com a fadista e garante que a fusão anunciada para a maior sala do centro de congressos Europarque “constituirá, de facto, um momento especial na cena artística nacional”.

Para esse significado contribuem de forma incontornável os músicos da Orquestra Filarmónica Portuguesa, que, apesar de formada há apenas cinco anos, representa já um dos coletivos mais maduros do panorama musical português. “O elevado padrão de exigência que a orquestra imprimiu ao seu trabalho logo desde a génese levou a que ela seja constituída por músicos de elevado nível técnico e artístico, entre os quais vários instrumentistas premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-integrantes da Orquestra Jovem da União Europeia e músicos estrangeiros residentes em Portugal”, declara o maestro Osvaldo Ferreira. “Associando-se a este projeto diferenciador e inovador, estes artistas contribuíram para a afirmação de uma orquestra que rapidamente se tornou uma referência e um símbolo de qualidade”.

Boas consequências do confinamento
Os arranjos preparados para o concerto de domingo aplicam o mesmo grau de exigências às canções de Cuca Roseta, não só por em causa estar uma das mais aclamadas vozes da atualidade do fado, com sete discos editados e concertos em mais de 40 países, mas também porque o coletivo quer estar ao nível do particular simbolismo do último álbum da cantora. “Nunca parei de trabalhar, mesmo em plena pandemia”, declara a artista. “Juntei as minhas forças para criar, para me aperfeiçoar ainda mais. Tive a coragem de lançar dois discos no meio do confinamento e trabalhei para que o meu contributo junto do público e das pessoas que me escutam não sofresse nenhum interregno”.

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