Cultura

Marcos Muge lança “grito de alarme” na Universidade de Aveiro

Marcos Muge inaugurou, ontem, na sala Hélène de Beauvoir, na Biblioteca da Universidade de Aveiro, a exposição “Pensar um Novo Tempo”. Nesta mostra, o artista ovarense faz uma abordagem inspirada no passado, mas com preocupações acerca do presente e projecções no futuro.

De entre as obras apresentadas, o autor destaca como obra maior pela dimensão física e simbolismo, “Um novo tempo de silêncios invisíveis”, que desenvolveu especificamente para apresentar nesta exposição. O artista ovarense explica que esta nova obra, com 9×2 metros, executada durante a pandemia, transporta em si a mensagem, o pensamento ético e moral, do que queremos para o bem de todos”, sendo, simultaneamente, “um grito de protesto e alarme relativamente ao aparecimento deste novo vírus, para acordar as potências políticas e mundiais”.

As figuras de Eduardo Lourenço, José Saramago ou José Fragateiro – este último enquanto vulto humanista da sua terra Natal, são outras figuras em destaque, através das quais propõe também a reflexão acerca de várias questões da sociedade actual.

Em suma, na “obra maior” desta exposição, há um apelo para que voltemos a atentar para “o que somos e o que queremos, no contexto dos povos, países e diferentes sociedades”. Marcos Muge escreveu um “Manifesto” que acompanha este trabalho, no qual recorda ao surgimento do Coronavírus: “Na sequência de uma série de rivalidades entre duas grandes potências, surge em 2019, um vírus, cuja origem permanece ainda hoje, numa zona cinzenta, pois ainda não se conseguiu identificar qual o animal de onde proveio, algo que sempre se tinha conseguido identificar nos surtos virais anteriores”. “A origem do vírus continua, assim, um problema em aberto”, acentua o artista.

As restantes obras, o artista define-as como “parte da memória e carga histórica, cultural e do conhecimento que desenvolvi, em contextos específicos de produção artística, de contínua entrega ao estudo, investigação, literária, histórica e vida corrente, sempre numa busca de quem somos nas diversas culturas locais, regionais e países, e o que queremos para o melhor da Humanidade contemporânea”.

Este percurso através da sua expressão plástica ao longo dos anos, que concretiza em 15 obras de pintura, cerâmica, azulejo e escultura, pode ser visitado até 21 de Junho, de segunda a sexta, das 10h às 20 horas, e ao sábado, domingo e feriados, das 10 horas às 18 horas.

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