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Bom resultado do défice vai custar a chegar à economia real

O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, afirmou ontem que apesar de o valor “exacto” do défice referente a 2013 ser apurado em definitivo em Março deste ano, este irá situar-se num valor próximo dos 5%.

“Apesar de o valor exacto do défice de 2013 só ser apurado em definitivo em Março, pode-se dizer com confiança que o défice ficará num valor à volta dos 5%, sendo que fica cerca de 1.750 milhões de euros abaixo do limite inscrito no Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF)”, afirmou Marques Guedes, em conferência de imprensa semanal após a reunião do Conselho de Ministros.

Carlos Jalali, director do mestrado em Ciência Política da Universidade Aveiro, considera que estas “são boas notícias e reflectem alguma inflexão em termos económicos, mas estes valores são ainda indicativos, pois terão que esperar pela validação do Eurostat”.

Apesar de serem boas notícias, Jalali não alinha em optimismos exacerbados. “Convém lembrar que também em 2012 se disse que o défice ia ficar abaixo do défice, mas depois isso não se concretizou”. Por isso, aconselha a que se aguarde pelos “resultados finais oficiais”.

No entanto, estes resultados estão a ser bem recebidos pelos mercados internacionais, e “isso pode ser bom quando se negociar o cenário pós-Troika”, acrescenta Carlos Jalali. 

João Pedro Dias, comentador e Investigador sobre Assuntos Europeus e da União Europeia, argumenta que “vivemos momentos particularmente difíceis” e que “estes resultados da macroeconomia não chegam à economia real”. Em face destes resultados, diz que “agora é preciso inteligência para criar medidas que estimulem a economia real e se tenha a visão suficiente para acudir aos problemas sociais”. (Ler mais in Diário de Aveiro

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