Opinião

Um Feliz Natal – Ricardo Alves Lopes

O Natal não é a época do ano destinada às grandes reflexões, essa parte fica para a passagem de ano. No Natal é época de reencontros, abraços sentidos, saudades, lembranças e emoções. Portanto, vou tentar escrever o meu texto memorando-me nisso.

Não falarei da minha família, guardarei isso para o recato do meu lar, para os embrulhados prontos a serem rasgados e para as gargalhadas prontas a serem soltas. Tudo com o vinho do Porto, o bacalhau e o Pão-de-Ló, tal como tem que ser.

Falarei por aqui, por este pequeno veículo que disponho, dos nossos tantos ovarenses que estão espalhados pelo mundo. Uns, que bem conheço, revezam-se pela Europa e pela África, mas também há outros pelas Américas, pela Ásia, sei lá, por tantos sítios. Não vou cair no erro comum de fazer deste texto um muro de lamentações.

Certamente, sofrem as saudades que eu, felizmente, não tenho. Mas também vivem coisas que eu, seguramente, não vivo. A vida é assim, rouba-nos de um lado e dá-nos de outro. Parte-se e reparte-se, faz-nos passar por sacrifícios e traz-nos recompensas. Pensem, como eu tento pensar, que o pior é não vivê-la.

Assim, o que pretendia mesmo, num texto que ambiciono curto, para não vos obrigar a deixarem as rabanadas esquecidas na mesa, nem o copo de vinho a aquecer, era desejar-vos um muito Feliz Natal. O novo ano trará coisas melhores e coisas piores, mas esta semana ainda não é momento de pensarmos nisso. É momento de nos entregarmos aos demorados abraços, às sentidas conversas e, quem sabe, a um Vinho do Porto pelo centro da cidade no dia vinte e quatro à tarde. O resto é o conforto do vosso lar. E esse não tem par.

Um abraço para todos e tenham um feliz Natal.

Ricardo Alves Lopes (Ral)
http://tempestadideias.wordpress.com
[email protected]

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