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Cachimbos descobertos no sítio arqueológico da Ria

O núcleo de cerâmicas estudado, proveniente do sítio arqueológico Ria de Aveiro/Ovar, integra uma das maiores colecções de cerâmica comum portuguesa, encontradas em contextos subaquáticos. Inclui produções de fabrico regional, faiança e grés, com uma cronologia que se estende desde o século XV até ao século XVIII.

A cerâmica comum é a mais representada e forma um grupo muito homogéneo em termos de fabrico, oriundo de manufacturas locais, da região Aveiro/Ovar, onde existiram numerosas olarias. Também se encontram presentes exemplares de importação, provenientes de regiões do sul e do norte da Europa.

O hábito de fumar ervas aromáticas foi uma das aquisições mais expressivas da Europa no contacto com a América. No sítio Ria de Aveiro B-C foram encontrados cinco cachimbos, quatro fabricados em caulino e um em barro vermelho, como se pode verificar na publicação “Velhos e Novos Mundos. Estudos de Arqueologia Moderna”, da Centro de História de Além-Mar, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa e Universidade dos Açores.

As conclusões dos achados constam da publicação “A cerâmica do Sítio Arqueológico Subaquático Ria de Aveiro“, e Inês Pinto Coelho, investigadora do Departamento de Arqueologia da Universidade Nova de Lisboa, defende que a investigação destes materiais contribui para o conhecimento das produções e do comércio de Aveiro, evidenciando o papel de destaque que esta região assumiu na expansão marítima portuguesa.

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