Covid-19

Cantar os Reis não pagou imposto

A crise económica que o país atravessa marcou algumas das letras que as Troupes de Reis apresentaram este ano e que ontem cantaram em vários espaços da cidade.

"Cantar não paga imposto/por enquanto (Para já)/Não venha a Troika exigir (Paguem lá)/só mais uma taxa/Só mais um esforço (ainda dá)", cantou a irreverência da Tradição e Juventude.

Mas as mais clássicas, como a troupe da Joc/loc, também lembrou a Troika na hora da despedida: "A crise é longa e dura/remédio é a poupança/Há 'letras com fartura/Para engordar a Finança".

E mais: "Com estranhas leis, com truques e enredos/lá vão os anéis/só ficam os dedos".

O mau tempo não ajudou à nova abordagem que a Câmara Municipal de Ovar procurou introduzir este ano, levando as troupes até ao Salão Nobre dos Paços do Concelho, Escola de Artes e Ofícios e Centro Empreendedor, sempre gratuitamente. No entanto, o vereador da Cultura, Alexandre Rosas, estava satisfeito e fez um balanço bastante positivo das alterações introduzidas.

"Quisemos dinamizar os novos espaços que foram inaugurados na cidade e, desse ponto de vista, penso que as pessoas gostaram, muito embora as condições do tempo não tenham ajudado", assinalou o autarca.

Apesar de achar que há sempre arestas a limar, Alexandre Rosas pensa, no próximo ano, ir mais longe, levando a tradição ao comércio local, de forma organizada. "Pretendemos agendar a presença e actuação das troupes no comércio local, de forma a que as pessoas saibam o que e a que horas encontrar e, ao mesmo tempo, animar e dinamizar a cidade e o comércio tradicional".

As troupes que chegaram das freguesias do concelho não estavam tão optimistas quanto à mudança. "No Centro de Arte, actuávamos todos e estávamos bem instalados, e assim há troupes que chegam a estar duas horas à espera entre actuações", opinou um reiseiro.

 

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