Política

CDU: ULS não parece ser solução para os problemas do Hospital

Mais de 70 pessoas participaram no passado dia 22 de Junho num debate subordinado ao tema “Que futuro para o nosso Hospital de Ovar?”, realizado no auditório da Junta de Freguesia de Ovar.

A iniciativa contou a participação de Conceição Graça, fisioterapeuta no Hospital de Ovar; Sérgio Vinagre, médico especialista em Saúde Pública; e Carlos Jorge Silva, mestre em planeamento regional, doutorando em políticas públicas e membro da Comissão Concelhia de Ovar do PCP.

Conceição Graça, profissional que conta com muitos anos de experiência no Hospital, iniciou as intervenções da mesa, numa comunicação que incidiu sobre a diversidade dos serviços que o Hospital presta à população, com ênfase na sua qualidade e carácter de proximidade.

Na sua intervenção, Sérgio Vinagre deu o exemplo de experiências com ULS no país, que, com raras excepções, tendem a concentrar serviços nas unidades mais centrais e esvaziando as mais periféricas. Ao mesmo tempo, estas tendem igualmente a assumir uma visão hospitalocêntrica, secundarizando os cuidados de saúde primários (centros de saúde).
Carlos Jorge Silva finalizou as intervenções da mesa com uma análise histórica do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos ganhos em saúde que este proporcionou, denunciando ainda os ataques que sucessivos governos têm desferido à sua viabilidade.

Neste sentido, quer o PCP quer o PEV têm desenvolvido diversas iniciativas em defesa do SNS, quer na Assembleia da República, quer junto dos profissionais e dos utentes.

Seguiu-se um período onde a população pôde expor a sua opinião e experiências diversas, bem como colocar questões à mesa para esclarecimento. Para este efeito foi fundamental a participação da Dra. Júlia Oliveira, Directora Clínica do Hospital de Ovar que, embora participando no debate na qualidade de cidadã, manifestou a sua visão sobre as potencialidades e desafios que o Hospital enfrenta. Apelou ainda a que a população manifeste, junto do Hospital, as expectativas que tem relativamente aos seus serviços.

A CDU reafirma que a campanha de esclarecimento sobre o futuro do Hospital é essencial para que a população possa tomar posições informadas e adequadas à realidade local. A perda de autonomia do Hospital para uma ULS não parece ser solução para os seus problemas, continuando a ser essencial que o Ministério permita a integração dos profissionais precários; proceda aos pagamentos em falta; proceda às obras no Bloco Operatório e, acima de tudo, que se elabora um Plano Estratégico que dê um rumo e um lugar ao Hospital no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.

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