Cultura

“Chuva Pasmada” estreia com comunidade no palco

É esta sexta-feira, 12 de setembro, que estreia no Centro de Arte de Ovar “Chuva Pasmada”, uma peça de teatro que parte do conto original de Mia Couto.

Trata-se de uma coprodução do Município de Ovar que continua a desafiar os agentes culturais locais, dando-lhes as ferramentas necessárias para crescer. Desta vez, o convite foi dirigido ao Sol D’ Alma, que juntou ao seu elenco quinze elementos da comunidade vareira, num espetáculo pensado em especial para a comunidade sénior.

“Os agentes culturais locais são parceiros estratégicos na construção de uma programação com identidade”, destaca Domingos Silva, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, reforçando a aposta nas coletividades artísticas do território. “Temos potenciado a criação e vindo a desafiá-los para agarrar projetos inovadores. Temos muito talento no Município de Ovar que queremos continuar a potenciar, para que possam crescer e contribuir ativamente para o desenvolvimento do concelho, que se faz também pela via cultural, que é hoje um importante motor económico e social”.

Em “Chuva Pasmada” a comunidade volta a ser parte ativa. É assim que um grupo heterógeno composto por quinze vareiros tem, nas últimas duas semanas, terminado os dias: a partilhar o palco e experiências. “A aposta é numa cultura participativa, em que todos têm a oportunidade de experienciar práticas artísticas do lado de dentro”, acrescenta o Presidente da Câmara, defendendo que esta estratégia, “para além de contribuir para estimular o sentimento de pertença da comunidade e desenvolver diferentes competências com os participantes, permite aproximar os ovarenses da cultura”.

Espetáculo pensado para o público sénior

“Chuva Pasmada” estreia-se em Ovar em dose dupla. No serão, aberto ao grande público, o espetáculo já está esgotado.

Antecede-se uma sessão, na tarde de sexta-feira, que, integrando o mês Ativ’IDADE, é dedicada à comunidade sénior, convidando-os a pensar e a refletir, valorizando o seu papel na comunidade.

Projeto adapta lenda local

De repente, numa aldeia, a chuva não cai, fica suspensa, «pasmada». O rio também está a secar. Será culpa dos fumos produzidos por uma fábrica instalada perto dali? Ou dos sucessivos incêndios que assolam a região? Será magia?

Este é o ponto de partida deste projeto artístico que parte do original de Mia Couto e acrescenta a atualidade da região e a identidade vareira, através da adaptação de uma lenda local. Um espetáculo que é poesia, que conta com música ao vivo e que nos mostra que o “O amor não é a semente. O amor é o semear”.

 A experiência: testemunhos

“Este texto de Mia Couto tem sido muito desafiante, porque tem muita poesia e metáforas que não são entendíveis de imediato, mas que fazem a beleza do projeto” – Maria Inês – jovem atriz ovarense

 

“É sempre bom trabalhar com uma equipa com muito talento. Sou apenas uma, uma a querer fazer parte de um grande projeto que é este” – Maria Lopes – membro da comunidade

 

“O teatro é multifacetado e por isso cabe toda a agente. Trazer a comunidade é muito importante. Foi uma ideia fantástica” – Cândida Jardim – membro da comunidade

 

 

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