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Ilustrador aveirense conclui nova colecção de selos da ONU

Quatro espécies ameaçadas de mamíferos noturnos na série de selos lançada recentemente pelas Nações Unidas, foram ilustradas pelo docente do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Fernando Correia. Também coordenador do Laboratório de Ilustração Científica da UA, Fernando Correia foi um dos três escolhidos a nível mundial, a par com Sara Menom (Itália) e Emily Damstra (Canadá).

Fernando Correia, docente do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (dbio) e diretor do Laboratório de Ilustração Científica, foi um dos ilustradores convidados para ilustrar quatro dos 12 selos lançados dia 10 de outubro, no mercado americano e internacional, pela United Nations Postal Administration/UNPA (NY, USA; http://unstamps.un.org/unpa/index.html). As quatro ilustrações científicas são das espécies: Asian tapir (Tapirus indicus), Mongoose lemur (Eulemur mongoz), Flat-headed cat (Prionailurus planiceps) e Aye-aye (Daubentonia madagascariensis).

Esta emissão filatélica representa a 21º edição de selos subordinados à coleção das espécies ameaçadas (Endangered species), desde que se registou o primeiro lançamento, em 1993, e constituiu uma das mais apetecíveis séries filatélicas por colecionadores de todo mundo.

A edição de 2013 foi dedicada a vertebrados noturnos que estão apontados como algumas das espécies que poderão desaparecer em breve, passando assim de extantes a extintas, caso não sejam tomadas medidas urgentes em prol da sua conservação. Com estas emissões filatélicas a UNPA procura, de forma ativa, sensibilizar o mundo para a necessidade de se protegerem as espécies animais (vertebrados e invertebrados)/plantas que um pouco por todo lado se encontram à beira da extinção, principalmente por razões diretamente ligadas a ações do Homem (antropogénicas), como sejam a alteração/destruição do seu habitat/nichos ecológicos, caça/apanha direta, efeitos colaterais á poluição, entre outros.

Fernando Correia explica a lógica por detrás da conceção do trabalho. “Uma vez que a minha formação de base é a Biologia procurei imprimir um cunho especial às minhas ilustrações, tentando atualizar não só o design, como mostrar em todos eles um pormenor da sua ecologia ou biologia, indo além da clássica figuração da espécie em causa, em corpo inteiro.” E acrescenta: ” tal decisão e estratégia representou um desafio assaz difícil, uma vez que, para além de concentrar, num primeiro momento, a atenção do leitor sobre a cabeça deste animais – uma constante em todos as  quatro ilustrações, procurando dar destaque aos olhos que são a imagem de marca de animais noturnos –  mostrei, por ex., como o Aye-Aye se alimentava utilizando aquele seu esguio e comprido dedo, ou como o padrão da cria do tapir é tão diferente de sua progenitora, contribuindo para a sua camuflagem, e que se mantem sempre na proximidade, durante os primeiros tempos”.

 

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