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“As Pupilas do Senhor Reitor”, Júlio Dinis e Leitão de Barros

Entre duas exibições do filme, “As Pupilas do Senhor Reitor”, apresenta-se hoje o livro “Leitão de Barros, a Biografia Roubada”.

Editado pela Bizâncio, é o resultado de sete anos de pesquisa e trabalho das autoras Joana Leitão de Barros e Ana Mantero, netas do realizador.

As autoras basearam-se em documentação inédita que esteve vários anos guardada em caixas numa arrecadação. O livro recebeu o Prémio Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema.

No âmbito das Jornadas Europeias do Património 2023, o Museu Júlio Dinis projeta esta tarde a adaptação cinematográfica do romance de Júlio Dinis publicado, em 1866, sob o formato de folhetins no “Jornal do Porto”, e em volume no ano seguinte.
Segundo o próprio autor, numa referência das «Notas», a obra teria principiado a ser escrita em 1863, durante a permanência de Júlio Dinis em Ovar. O título refere-se às personagens femininas do romance, duas meias-irmãs órfãs, Margarida e Clara, de personalidades opostas, adotadas pelo Reitor. A intriga centra-se, contudo, em Daniel, segundo filho do lavrador José das Dornas.

O realizador Leitão de Barros era um nome central da época de ouro do cinema português. “As Pupilas do Senhor Reitor, não sendo uma obra-prima do romance português, foi um caso sério de popularidade, adequando-se imaginário coletivo da nação: uma ruralidade idílica, felicidade na resignação, paz social numa terra abençoada por Deus.

O filme, de notável elenco, onde sobressaiu a grande Maria Matos (Joana, a criada do médico de aldeia, o bom João Semana que se tornou sinónimo de todos como ele) era gente feliz, a fazer cinema, mas enquadrada por uma realidade maior pouco alegre.

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