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Chef Pedro Pinto deu sabor à identidade vareira

Apresentou enguias da Murtosa e Pão-de-Ló Ovar no concurso Chefe Cozinheiro

Pedro Pinto nasceu a 16 Fevereiro de 1983, em Ovar, numa quarta de cinzas de Carnaval, na última vez que se fez sentir neve na cidade. Licenciado em Marketing e Publicidade e formado em Gestão e Produção de Cozinha em EHT Porto, o Chef vareiro foi um dos seis finalistas da 29.ª edição do concurso Chefe Cozinheiro do Ano na Final Nacional que decorreu no passado dia 28 de Junho, no Mercado de Arroios, em Lisboa.

A concorrência era de peso. Carlos Gonçalves, do Corinthia Lisbon Hotel, Lisboa, Fernando Cardoso, do Altis Belém Hotel & Spa, Lisboa, Jorge Fernandes, do Hotel Iberostar Lisboa, Tony Martins, do Douro Palace Hotel Resort & Spa, Baião, e Vítor Adão, do 100 Maneiras, de Lisboa.

“O menu escolhido foi, claro está, assente em sabores bem nossos, porque o desafio foi mesmo transformar e dar uma nova roupagem e apresentação a pratos bem tradicionais”, explicou Pedro Pinto ao Diário de Aveiro.
Para a entrada, a escolha foi para a “Sardinhada”, no peixe, o “Bacalhau – roupa velha, na carne a “Presa de porco preto com migas de espargos”, no prato tradicional de tacho fiz a tão nossa “Caldeirada de enguias” e, para finalizar, na sobremesa, “Pão-de-Ló de Ovar e Queijo da Serra”.

A inspiração do Chef vareiro nasce principalmente do produto, português preferencialmente. “Produtos de excelência que possuímos e tantas vezes subvalorizamos, tantas vezes banais e corriqueiros mas que têm um potencial incrível”. “Não me canso de dizer que Portugal tem tudo para ter uma cozinha de excelência!”
“Obviamente, que muito da nossa identidade está assente nas nossas raízes, são as nossas memórias que nos inspiram, há sabores que nos estão enraizados desde sempre e que fazem parte da nossa história”, defende. Isso foi visível no menu que apresentou, com a presença das enguias da Murtosa e do Pão-de-Ló Ovar que são, para o jovem Chef, uma espécie de “orgulho regional” que preza religiosamente.

A participação na final do concurso correu-lhe “muito bem”, já que se sentiu bem e “penso que entreguei um bom trabalho… que nunca é perfeito, há sempre alguma coisa que gostaríamos de melhorar, mas sinto que entreguei algo meu”. “Deu para mostrar um pouco da minha cozinha e da minha linha de pensamento gastronómico”. Gostaria ainda de salientar o uso do mercado tradicional de Arroios como anfiteatro: foi giro, inteligente…foi especial.”

“Seria hipocrisia da minha parte se não assumisse que gostaria de ter ganho… pois a partir do momento que ganhas a etapa regional tudo seria possível”, mas apesar de não o ter conseguido Pedro Pinto considera a experiência como algo “claramente positivo”. Cozinha para ele, é sinónimo de partilha. “Só assim evoluímos, só assim crescemos, este tipo de experiência proporciona isso mesmo… conhecemos produtores, produtos, colegas de profissão com realidades completamente distintas e partilhamos experiências, técnicas, ideias, etc. Para mim este é o caminho! Partilhem por favor!”

Quanto ao futuro, o Chef vareiro quer manter-se em “constante evolução. Fazer bem, fazer novo, fazer diferente”. “Tenho perfeita consciência do que quero e para onde vou, também sei que há um caminho a percorrer e sinto que estou no bom caminho”. Embora se sinta bem no Vila Vita Parc, “sinto que estou numa grande empresa, em constante evolução e crescimento, que se rege pela excelência e muito focada no cliente, valores com os quais me identifico”. “Sinto que me valoriza e que me tem dado as ferramentas e a liberdade que preciso para evoluir”.

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