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A folia venceu a chuva e a festa transbordou

canto certo

Pela primeira vez em vários anos, o Carnaval de Ovar cumpriu todos os desfiles do programa. Esta terça-feira, sob céu carregado, o desfile voltou a sair à rua com mais de 2.200 figurantes e quase 15 mil ingressos vendidos.

De guarda-chuva em punho, milhares de espectadores assistiram à repetição do corso de domingo, e bem precisaram de se abrigar quando S. Pedro se lembrou…

No final, a folia foi mais forte e coloriu a Avenida Sá Carneiro com um espectáculo inolvidável fazendo jus ao melhor Carnaval de Portugal e um dos melhores da Europa.

Foi um ano com algumas mudanças: a rotunda que antes interrompia o fluxo dos corsos a meio da avenida Sá Carneiro foi entretanto rebaixada para que, por cima dela, pudessem agora circular os cerca de 2000 figurantes do Carnaval e os seus respectivos 24 carros alegóricos.

Outra mudança é que os 17.000 lugares de peão disponíveis para venda em cada dia de corso possam agora disputar uma localização mais elevada num dos estrados que a organização do evento dispôs ao longo de 500 metros daquela avenida, em três graus de alturas diferentes, para garantir assim uma melhor visualização do circuito do corso.

Alexandre Rosas diz que a medida resultou de sugestões apresentadas pelo próprio público e afirma: “Tivemos a melhor reacção possível. Foi unânime. As pessoas ficaram muito contentes com esta grande inovação e finalmente temos lugares com boa visibilidade para todos”.

José Teixeira foi um dos espectadores que hoje comprou bilhetes de peão para o corso e, depois de ter assistido a várias edições do Carnaval de Ovar, confirma a aprovação quanto aos novos estrados.

“Antes, isto era tipo sardinha em lata – tudo muito apertado”, refere o habitante da Maia, sentado num dos degraus da nova estrutura. “Agora está-se muito melhor e conseguimos ver tudo o que se passa, sem termos de nos estar sempre a esticar”, acrescenta.

Outra alteração aplicada em 2017 foi a relativa ao horário e duração dos desfiles: o início dos corsos passou das 15h para as 14h30, e cada grupo teve apenas 54 minutos para se apresentar ao público, com o objectivo de garantir que o evento não se prolongue para lá das 18h30.

“Começar mais cedo não me parece mal, porque às vezes fica um bocado frio mais para o fim”, reconhece novamente José Teixeira. “Mas, a ver bem, o trabalho que aqui está, isto nunca é tempo a mais – e, se cortassem muito, a gente também ia chorar os seis euros que deu para aqui estar”, ironiza.

Como exemplo do trabalho efectivamente aplicado na preparação do desfile, José Costa conta que o portão de ferro que abre o cortejo do grupo “Os Pinguins” foi feito pelas suas próprias mãos.

“Estão aí muitas horas da minha vida e uns 100 quilos de ferro”, revela o serralheiro autodidata.

O grupo carnavalesco celebra este ano 50 anos de actividade. José Costa está integrado nele há 20 e está seguro do balanço que faz desse percurso: “Houve muita evolução, sobretudo ao nível das maquetas [que são os carros e adereços dos figurantes]. Agora fazemos coisas muito mais complexas, muito mais compostas, e eu espero continuar a ver isto evoluir por muitos mais anos”.

O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, também fez um balanço muito positivo dos festejos do Carnaval de Ovar, endereçando os parabéns a todos os envolvidos, grupos, escolas de samba e serviço de carnaval.

“Estiveram sensacionais. Todos sem excepção merecem este reconhecimento público”.

Para o ano há mais!

Max

 

 

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