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Maria Mendes no “Ovar em Jazz 23” em Abril

A cantora portuguesa Maria Mendes é um dos nomes fortes do Festival Ovar em Jazz, onde actua no dia 22 de abril, acompanhada da Orquestra Filarmónica das Beiras.

De acordo com o agenciamento da artista, em “Saudade, Colour of Love”, editado pela Challenge Records, Maria Mendes “traz a sua mistura espirituosa de jazz sinfónico e fado ao palco do concerto com John Beasley e o Metropole Orkest”, apresentando “novos arranjos orquestrais de canções do seu álbum ‘Close to Me’”, de 2019.

Com “Close to Me”, Maria Mendes venceu um prémio Edison de melhor álbum de jazz vocal, nos Países Baixos, onde vive há mais de uma década, e esteve nomeada para os Grammy Latino, na categoria de Melhor Arranjo, com o tema “Asas Fechadas”, de Amália Rodrigues, e para os Grammy, na categoria de Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais, com a mesma canção.

O álbum ao vivo “Saudade, Colour of Love”, “expande ainda mais a intensidade emocional e o som mágico do seu antecessor, com o apoio de uma grande orquestra”. “O exuberante e aveludado som sinfónico ‘cria faíscas’ quando se encontra com a estimulante interação do brilhante do seu quarteto e os vocais fervorosos da cantora, resultando numa noite de música inesquecível”, lê-se no comunicado sobre o álbum.

Além dos temas de “Close to me”, “Saudade, Colour of Love” inclui três novas canções: “Com que voz”, de Amália Rodrigues, “Quando Eu Era Pequenina”, uma “antiga e popular canção folclórica para dançar, tipicamente acompanhada por vozes femininas”, e “Meu Pobre Capitão”, uma “nova composição de Mendes e Beasley escrita ao estilo das suas reinterpretações de fado e aqui com uma alegre cantoria do público”.

“Close to me” é o terceiro disco de Maria Mendes, mas o primeiro totalmente cantado em português.

Quando editou o álbum, Maria Mendes contou, em entrevista à agência Lusa, que a ideia de “pegar no fado e no folclore português, e tê-los como ponto de partida para um conceito criativo musical mais moderno e mais conceptual”, surgiu na sequência de um convite para integrar as festividades do Dia do Jazz, em Roterdão.

“Pediram-me que pegasse num tema folclórico holandês, de Roterdão, e desse uma reviravolta para jazz e eu decidi fazer uma composição mais longa, adaptando o ‘Barco Negro’ juntamente com esse tema holandês”, recordou.

A “descoberta musical”, ao trabalhar o tema de Amália Rodrigues de uma forma “muito mais conceptual e muito diferente”, “foi tão interessante”, que para Maria Mendes “tornou-se mais forte a ideia de poder dedicar o terceiro disco fazendo esse jogo de adaptações, de alterações harmónicas, melódicas”.

Entre os 11 temas que compõem o disco há adaptações de alguns fados “menos conhecidos”, como “Asas Fechadas”, de Amália, e outros “um bocadinho mais óbvios”, como “Foi Deus” e “Tudo isto é fado”, da mesma fadista.

Do guitarrista Carlos Paredes, Maria Mendes escolheu trabalhar “Verdes Anos”, “por ser um tema que já foi muito feito e adaptado em várias versões”.

“Close to Me” inclui também versões de “dois fados modernos”: “Há música do povo”, de Mariza com letra de Fernando Pessoa, e “E se não for Fado”, de Mafalda Arnauth.

O álbum inclui ainda três originais de Maria Mendes, dois com letra e um com ‘scat’, e um tema escrito por “um dos gurus musicais” da cantora, o compositor e multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal, “que escreveu um fado dele, ao jeito dele, que não letra, que no fundo é quase como uma canção brasileira”.

A decisão de incluir uma formação de orquestra no disco surgiu no momento final da adaptação musical e arranjos, que Maria Mendes partilhou com o produtor do álbum, John Beasley, “um dos maiores produtores e diretores musicais de jazz internacional”.

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