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O regresso da «Máquina do Tempo»

A exposição de fotografia de Zé Maia inaugura esta sexta-feira na Biblioteca Municipal de Ovar e por ali fica até 22 de fevereiro.

Zé Maia, como é sobejamente conhecido em Ovar, nascido José António Maia de Almeida, em 1951, é eletricista de profissão mas, desde muito cedo, interessou-se por fotografia e todas as formas de arte, muito por influência de seu pai, José Augusto de Almeida, o saudoso fundador e diretor do Museu de Ovar, que o filho acompanhou nas suas andanças em prol daquela instituição.

A ideia de levar por diante a exposição «Ovar na máquina do tempo» surgiu, como tantas outras, por “brincadeira”, desta vez no facebook, devido à influência dos amigos que sempre o apoiaram e o incentivaram a prosseguir, reunindo naquela rede social cerca de 100 fotos dedicadas a Ovar, para além de outros lugares da região.

Não sendo objetivo principal deste projeto fomentar o saudosismo, o inevitável passar dos anos evidenciado nestas fotos permitirá que cada visitante ajuize se, afinal, Ovar terá mudado assim tanto, ou nem por isso…

O OvarNews recorda aqui uma conversa que teve com o artista aquando da inauguração na Junta de Freguesia de Ovar, no último Verão:

O que o levou a pensar que poderia fazer esta exposição?
Esta exposição vem na sequência da primeira que fiz em S. João de Ovar, mas nesta da Junta de Freguesia de Ovar há alguma evolução, porque também ganhei algum traquejo, entretanto. Tenho aqui trabalhos que não mostrei na outra, em especial alguns datados de 1979, um período em que era muito influenciado por autores de banda desenha francesa. Também tenho aqui desenhos de amigos que eu retratava quando ia para o café e por ali ficava entretido.

Há aqui também paisagens de Ovar…
Sim, tenho sítio e locais de Ovar, como pessoas amigas ou simplesmente conhecidas de Ovar. E a estes, acrescentei algumas figuras internacionais e famosas.

Desenhou estes amigos e estas paisagens há tanto tempo… Guardou-os porquê?
Guardei, como guardo tudo. Tenho coisas guardadas que fiz na tropa, por exemplo. E eu sou da tropa antiga, de 1962. O impulso e a vontade de desenhar sempre me acompanharam. E nessa altura também. Também fazia rabiscos, escritos, e tenho tudo ou quase tudo guardado.

Porque decidiu só agora mostrar esses trabalhos ao público?
Aconteceu agora porque o Facebook tem muita força. Ao publicar imagens dos meus trabalhos no Facebook, apareceu logo uma data de gente a dizer: "óh pá, isto é uma pena não ser mostrado ao vivo e a cores e para toda a gente que quiser ver". Incentivado por essas palavras e também pela família e amigos, nasceu esta vontade de mostrar e cá estou.

E o futuro?
Vou continuar sempre. Não consigo parar.

E compras?
Quaquer pessoa pode adquirir os trabalhos em exposição. Entretanto, já tenho aqui alguns já feitos por encomenda, quer caricaturas, quer retratos, e outros que já estão reservados. Está a correr muito bem.

O que distingue o seu traço dos outros mais ou menos conceituados?
O que distingue os consagrados de mim, é que eles se dedicam por inteiro a este trabalho. E são conceituados. O meu traço não tem nada de extraordinário.

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