Covid-19

Olhem aqui o nosso Carnaval!

Não há inverdade na certeza, 
Limpa e acesa, 
De uma cidade que se alumia
E onde, metros à frente, não se vigia. 

Repleta, apinhada, em enchente, 
Chama por nós, pela gente. 
E vamos a caminho, 
Passo por passo, devagarinho. 

Dum lado flores e colmeias, 
Doutro zorros e freiras, 
Padeiros e escoceses, 
Tudo para vossemecês.

Há um corso, real, detalhado,
Feito com prontidão e cuidado. 
Um folião merece atenção, 
As coisas feitas com dedicação.

Nas noites também há agitação, 
No mercado e nas Galinhas há à descrição, 
Na Tentzone com mais rigor, 
Mas na mesma cheio de vigor. 

Nas pessoas vive um sorriso, 
Não se cobra, não se paga nada por isso, 
São dados, ofertados, 
Feitos por uma alegria dos diabos. 

Há Estarreja, Mealhada e Torres Novas, 
Não nos atrapalha, nem nos põe nas alcovas, 
Pois sabemos o nosso valor 
E das pessoas só queremos o calor. 

São seis dias de Verão, 
Com quentura nas gentes e na imensidão
De uma cidade que vale pelo todo, 
Mas que no Carnaval ainda tem mais decoro. 

Venham a Ovar, os de fora, 
Que cá ficam até à ultima hora, 
A pensar para vós, no interior, 
Que Carnaval destes nem a supor. 

Ovar são pessoas, gentes, 
Convictas e cientes, 
Que no sorriso está o benefício 
De uma cidade que faz do Carnaval ofício!

Ovar é vida, sensações e paixões, 
Mas venham, façam enchente, 
E depois dêem as vossas opiniões, 
Minha boa gente! 

Ricardo Alves Lopes (Ral)

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