Cultura

“Os Lusíadas na figuração de Levi Guerra” na Biblioteca Municipal

Os 10 cantos dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões estão representados em 10 quadros de Levi Guerra acompanhados de 10 textos de Margaria Negrais agora expostos na na Biblioteca Municipal de Ovar até 30 de Dezembro.

Esta exposição sobre a única epopeia portuguesa que conta a descoberta do caminho marítimo para a Índia é uma dedicatória de Levi Guerra ao seu professor primário Francisco Oleastro, na Escola do Adro, em Águeda, segundo revelou o próprio, recentemente. “Foi a esse professor que fiquei a dever a alegria de ser português revendo-me nos nossos antepassados heroicos, gente de coragem inaudita na descoberta de novos mundos e na preservação da identidade e da liberdade de Portugal”, explica Levi Guerra no catálogo da exposição.

Continuando: “Homem justo e sábio, íntegro e reto, Francisco Oleastro defendia, vejo hoje à distância, nas suas aulas, a justiça contra as injustiças do mundo e tomou como exemplo Camões para alertar os alunos sobre a ingratidão que na vida do épico contra ele se perpetuou, morrendo abandonado”. Desde muito cedo “e muito claramente advertiu para que não nos espantássemos com a maldade dos homens que, por estupidez ou má querença, são capazes de se esquecer quem tenha feito por si o melhor na vida”, relembrou Levi Guerra, demonstrando “uma gratidão por ter semeado cedo em mim o sonho”.

Um dos lamentos de Levi Guerra é sentir que “Camões está esquecido”. É certo que é estudado no liceu, mas no seu entender devia de ser de estudo obrigatório no ensino superior.

Levi Guerra repartiu equitativamente o seu talento pela medicina, investigação cientifica, docência, gestão pública, pintura e escrita. Já Margarida Negrais, sua esposa que colaborou neste trabalho, lecionou durante muitos anos na escola Dr. Serafim Leite, em São João da madeira, e publicou os livros “Histórias de Bichos”, “MIG – A formiga comodista” e “O rim artificial”.

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