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Pais das atletas fazem parte do sucesso do OvarSincro

O OvarSincro é um clube diferente. Sediado na Piscina Municipal de Ovar, organiza um Festival de Natação sem paralelo em Portugal, onde domina quase todas as vertentes competitivas da modalidade.

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Mas nada disto seria possível sem o apoio dos pais das atletas que estão invariavelmente nos pódios das provas em que participam. “Eles não estão à espera que lhes digam o que há para fazer”, relata Sandra Ramos, presidente do OvarSincro. “Eles montam o som, eles vão comprar e colocar balões para decorar o espaço”, no caso do VII Festival Ibérico que decorreu no passado sábado. Mas não se ficam por aqui: “Foram os pais das atletas vareiras que alojaram as meninas de todas estas equipas que vieram de Espanha”, acrescenta, agradecida.

Só com o apoio deles foi possível levar a efeito o VII Festival Ibérico de Natação Artística com a participação de cerca de duas centenas de atletas. O certame contou, pois, com um número recorde de atletas de Portugal e de Espanha. Sandra Ramos, presidente da direcção do OvarSincro, chama a atenção para o facto de cada mais espanhóis procurarem o evento ovarense. “O festival realiza-se numa altura boa para os espanhóis, porque têm os campeonatos deles a aproximar-se e aproveitam para fazer alguma preparação”.

Muitos espanhóis

Para que tal aconteça, muito tem contribuído a técnica do OvarSincro, a espanhola Sandra Montes, que conhece bem a realidade da natação artística do país vizinho. “O ano passado só tínhamos três clubes e este ano temos cinco, dois dos quais estão cá pela primeira vez”, informa Sandra Ramos.

Sandra Montes, por seu lado, refere que este interesse acaba por se traduzir em mais responsabilidade. “Temos muito trabalho para organizar o festival”, admite a técnica catalã, mas mesmo que tenha apenas numa vertente lúdica, “vale a pena, pois é muito importante este intercâmbio para a nossa preparação com vista aos campeonatos nacionais que decorrem em julho”.
A dirigente Sandra Ramos sabe que “a nossa realidade está a anos-luz das espanholas”. A diferença ainda é muito grande, “mas temos vindo a encurtar distâncias, com a ajuda da nossa técnica que conhece muito bem as duas realidades”. “Nos últimos campeonatos de inverno só não fomos ao pódio numa prova e o objectivo é manter o nível”.

A dirigente frisa sempre que o clube subsiste com “a ajuda dos pais que tudo fazem para aqui estarmos” e com os apoios da Câmara Municipal de Ovar e da União das Freguesias. Aliás, Sandra Ramos agradeceu penhoradamente a coluna áudio subaquática oferecida pelo Município, fundamental para os treinos da equipa e para o “nosso aperfeiçoamento, numa oferta da Câmara a quem estamos muito gratas por tudo”.

Apesar de todo o trabalho que fazem, há coisas que os pais não conseguem resolver. Carla Cruz, outra mãe e dirigente do OvarSincro, põe o dedo na ferida. “Falta-nos horas de treino, mas isso deve-se às dificuldades em ter horários disponíveis”. O clube sabe que há escolas no país que dão mais facilidades de treino. O clube gostaria que houvesse um maior entendimento entre os dois agrupamentos de Ovar Sul e Ovar. “Se houvesse um agrupamento que pudesse ter mais abertura, era óptimo, do género do ensino articulado de música”. Aliás, Sandra Ramos refere que “se fosse possível um agrupamento avançar, já o teria feito, e tal só não acontece também devido à distância, pois já temos estagiários dessa escola a trabalhar connosco”.

No Top

A catalã Sandra Montes Ruiz, 32 anos, há mais de dez que treina natação sincronizada, transmitindo agora em Ovar a experiência de nadadora com presenças em Mundiais e Jogos Olímpicos. Chegou a Portugal depois de ter trabalhado na Colômbia, foi seleccionadora nacional para o projecto Olímpico e agora está ao serviço do clube de Ovar.

“Estou muito feliz por ter aqui tantos clubes a participar, pois temos muito trabalho para organizar o festival”. Mesmo sendo numa vertente lúdica, a técnica garante que “é muito bom para conseguirmos avançar na nossa preparação com vista aos campeonatos nacionais que decorrem em julho”.

Por isso, “estamos optimistas, há muito nível, com a própria selecção presente, estamos muito contentes”, resume.

Sandra Montes garante que este tipo de encontros são “sempre importantes e para as meninas é uma oportunidade de aprendizagem e de convívio e de poder olhar e ver estas atletas espanholas em acção e aprender com elas, é muito importante”.

Para as competições que estão prestes a iniciar-se em Portugal, Sandra quer o OvarSincro “sempre no lugar mais alto do pódio, apesar de termos dificuldades em treinar e de competir em igualdade com outras equipas portuguesas que têm mais facilidades e das espanholas nem se fala”. “Mas vamos à luta e estamos a solidificar-nos no topo da modalidade em Portugal”, promete.

Curiosidade

A natação sincronizada passou a designar-se de natação artística desde o Mundial de Budapeste, em 2017.

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