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Romeu Costa no CAO “À Conquista do Pólo Sul” (Passatempo)

Natural de Aveiro, a cidade onde viveu até aos 18 anos, e onde ainda residem os pais, o actor Romeu Costa afirma que aquilo que é deve-o “a essa cidade e a todos esses sítios”, notando a “relação emocional muito grande” com a mesma. Além disso, foi no Círculo Experimental de Teatro de Aveiro (CETA) que “descobriu” o Teatro, e onde se iniciou. Por isso, era obrigatório começar esta conversa pelo princípio, ainda que os saltos temporais sejam, depois, uma constante nesta entrevista. Diário de Aveiro: Antes de se mudar para Lisboa para continuar os estudos, já tinha experiência como actor amador, que foi ganhando no CETA, não é assim? Romeu Costa: Certo.

O primeiro contacto que tive com o Teatro foi no CETA. Foi uma experiência fundamental para mim, ter descoberto o Teatro através deste grupo amador, com pessoas fantásticas, num sítio maravilhoso como o Canal de S. Roque. O CETA é dos grupos de teatro amador mais antigos do país, o que é uma herança fantástica. E fazer parte dessa história é incrível. Eu tinha 12 anos quando comecei a fazer espectáculos de teatro. Eu tinha ido com o meu irmão ver um espectáculo e fiquei fascinado com o espaço. E foi assim que tudo começou.

No CETA fiz amigos para a vida. (…) Sábado estará em Ovar, com Bruno Nogueira e Nuno Lopes Terminadas as gravações de “Santa Bárbara”, os últimos meses de trabalho de Romeu Costa foram dedicados ao teatro, e à peça “A conquista do Pólo Sul”, com encenação de Beatriz Batarda, e que o faz dividir o palco com Bruno Nogueira, Nuno Lopes, Miguel Damião e Flávia Gusmão. Depois de três semanas em cena no S. Luís, em Lisboa, o espectáculo inicia a sua digressão, neste sábado (22 horas), no Centro de Arte de Ovar, com um custo de 5 euros. (Ler artigo in DA)

À Conquista do Pólo Sul foi escrita no final dos anos 80, antes da queda do muro de Berlim, e conseguiu sobreviver à explosão das novas linguagens teatrais, ao adormecimento da ilusão, às novas escritas meta teatrais, às releituras dos clássicos, e até às mutações sociais da Europa. Numa combinação de classicismo e contemporâneo, realismo e artifício, prosa e verso, a peça resulta de um jogo altamente teatral “despolossulizado” pela energia anárquica daqueles que vão sendo marginalizados pelo sistema.
Encontramos num sótão 4 amigos – por quem poderíamos igualmente passar na rua – destruídos pelo empobrecimento, pelo desemprego, pelo vazio que ocupa o lugar do futuro. O sótão no teatro – ou o teatro no sótão – serve de moldura que enquadra a nossa atenção, dando-nos por um período de tempo, naquele lugar, a possibilidade de reconhecer a esperança que, de outra maneira, ao passar na rua indiferentes, não poderíamos descobrir. Slupianek, o grande explorador do Polo Sul no frigorífico conduz-nos, de arma na mão e Roald Amundsen debaixo do braço, em busca do caminho da vitória por entre a roupa do estendal, tachos e pombas. Numa viagem épica pelo sonho, os amigos encontram o caminho da reconstrução das suas vidas domésticas e a fé de que algo de bom poderá vir.

PASSATEMPO:
Numa parceria com o Centro de Arte de Ovar, o OvarNews tem duas entradas duplas para oferecer para este espectáculo. Para ganhar, responde à seguinte questão:

Quem é a encenadora de “A conquista do Pólo Sul”?

Envie resposta com dados pessoais (Nome, BI, contacto e localidade) para [email protected], até sexta-feira ao final da tarde.

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