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Salvador Malheiro diz que defesas submersas podem ser a solução (DA)

O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, tomou nas próprias mãos a guerra contra o mar na costa vareira, em especial no Furadouro, a praia mais martirizada do concelho.

O autarca eleito em Setembro passado marcou desde logo uma diferença com o passado recente. No meio do vendaval de destruição, envergando o oleado amarelo do Município, o edil saltou para a linha da frente, mostrando-se solidário com a população e apontando caminhos.

Expert avaliador de projectos de inovação, no âmbito da Bioenergia para a Comissão Europeia, IAPMEI e Agência de Inovação, em declarações ao Diário de Aveiro, sente que começa a vingar a ideia de que é preciso ir mais longe na questão da defesa da costa. Sem prejuízo de se recuperar as defesas existentes, Salvador Malheiro defende a colocação de protecções destacadas, submersas e paralelas à linha da costa. “É algo que até está contemplado nos POOC – Planos de Ordenamento da Orla Costeira, só que custa dez milhões de euros cada um”.

O autarca que exibe no seu longo currículo o cargo de ‘country manager’ para a bioenergia, na embaixada da Suécia em Lisboa, pensa que esta solução não tem nada de futurista e só precisa aproveitar os fundos comunitários. “Toda a gente diz que vai haver dinheiro para a protecção dos nossos recursos naturais e a costa marítima de Ovar é a principal riqueza natural do concelho”, defende, convictamente.

A alternativa seria deslocalizar as cerca de 5 mil pessoas que moram na orla ovarense, mas “os custos associados a uma operação dessas são muito mais elevados”. As contas são fáceis de fazer.

O autarca avança o exemplo da praia de Esmoriz, onde o Município iniciou a construção de conjunto habitacional de 30 fogos para habitação social, em especial para albergar os moradores do Bairro Piscatório, ele próprio na primeira linha do ataque das águas salgadas. “Vamos gastar ali alguns milhões de euros milhões de euros, de tal forma que cada fogo sai a 60 mil euros”. “Se esta verba der para albergar 3 pessoas, são 20 mil euros por pessoa”. Continuando o seu raciocínio, Salvador acrescenta: “Se quisermos realojar 5 mil pessoas, podemos estar a falar de uma verba próxima dos 100 milhões de euros”. E, pior do que isso, alerta, “perde-se a riqueza deste Município”.

Por outro lado, recorda que “as pessoas que construíram ali, fizeram-no de forma legal e não têm culpa do que está a acontecer”. “Não podemos defraudar essas expectativas”, vinca.

É, por isso que considera de todo preferível apostar em “novas soluções, como as defesas destacáveis, esporões paralelos ao mar, colocados mar a dentro, a centenas de metros”. O edil acrescenta a esta, a implementação de energias ‘off-shore’. “É importante que se aposte na defesa de pólos dinamizadres da economia e em Ovar vai ser preciso recuperar e investir muito”, avisa.

(Ler artigo completo em Diário de Aveiro)

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