Opinião

Esmoriztur – Complexo Cultural, Social e Turístico – Florindo Pinto

A cidade de Esmoriz, no enclave da zona metropolitana de Aveiro, a limitar a do Porto a Norte e a Nascente, tendo o Mar a Poente, logo no cu do mundo, ali colocada por um autarca de Ovar, nascido em Esmoriz, deteve, no passado, um complexo cultural, social e turístico, propriedade privada denominada Esmoriztur.

Era composto de restaurante, café e diversas salas por onde passaram os maiores nomes da música portuguesa, como Amália Rodrigues, Carlos do Carmo e muitos outros. Desse complexo fazia parte uma grande Sala de Espectáculos com mais de 6oo lugares sentados, onde se realizaram os eventos de grande nível, para além de festivais de cinema, teatro, música e exposições.

Em finais dos anos noventa, a Câmara de Ovar, liderada por esse autarca vareiro, decidiu adquirir este complexo e o declínio iniciou-se. O projecto maquiavélico passou à execução, e a gestão pública da Câmara de Ovar, depressa arruinou aquilo que era o expoente máximo da cultura nesta região.
Alguns anos depois de “aquilo” dominar e “daquilo” se assenhorear, a Câmara de Ovar consumou as intenções que, certamente, sempre teve – fechou as portas do Esmoriztur.
O espaço antes destinado a Café, acabou por servir para a Loja do Cidadão – do mal o menos, mas alguns vareiros não gostaram da decisão que fora tomada.

Há anos, em anos de eleições, que consta que a Câmara de Ovar, tem a intenção de ali fazer obras. Mas os anos vão passando, alguns mandatos autárquicos não se renovaram e o complexo manteve as “portas fechadas” para gáudio dos mal-intencionados, e, também, dos inimigos da Cidade de Esmoriz.

Esmoriz está hoje, no vastíssimo campo da cultura, muito mais pobre. Foi de forma calculada e intencional, decepada. Mas, a esperança, de quando em vez, volta e há cerca de dois anos, muitos foram os que pensaram que, estando, e já de diz que está, pronto o projecto de renovação, o Esmoriztur iria surgir de imediato, mesmo que com outro nome. Pensaram, mas não previram as probabilidades do ENGANO.

O tempo vai passando e ouve-se dizer “por aí” que a reabilitação do complexo irá servir de “arma eleitoral” e que as obras surgirão, se surgirem, precisamente no último ano deste mandato autárquico, a tempo de haver “inauguração”, em plena campanha eleitoral – Tanto calculismo!… Tanta falta de respeito!… Que descaramento!… Que insulto!…

Que agradável seria se o desmentir acontecesse, mas… o tempo vai passando e o que “por aí” se diz, começa a ganhar forma. Em concelho de emoções, o que se vive são as desilusões.

Florindo Pinto

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