Será Sérgio Praia o assassino bom?

O Eutanasiador é “uma provocação e o reflexo do [seu próprio] dilema sobre o direito à vida e o direito à morte”, logo, um espetáculo suscetível de gerar debate e muita controvérsia.
Sérgio Praia interpreta um serial killer que, num interrogatório policial, vai mostrando quem é e contando as histórias das suas vítimas e dos clientes para quem matou.
“Personagem amoral e hedonista, insensível e sedutor, este assassino simultaneamente manipulado e manipulador põe em causa, com ironia, as nossas ideias feitas sobre o direito à escolha, a dignidade na morte, o que é o crime e o que é a culpa”, diz a sinopse da peça.
Em cena, está um assassino em série a soldo, ou seja, um homem que vive executando pessoas que querem morrer. Perante um interrogatório policial, este “eutanasiador” procurará pôr em causa “ideias feitas sobre o direito à escolha, a dignidade na morte, o que é o crime e o que é a culpa.”
“Eutanasiador” reflete sobre direito à morte e à vida numa estreia que se deu duas semanas depois de o Tribunal Constitucional ter voltado a chumbar a lei que legaliza a eutanásia em Portugal, considerando inconstitucionais seis normas da lei.
O espetáculo esteve em cena até dia 29 de junho, em Lisboa, mas ficamos a aguardar a possibilidade de uma digressão que a leve ao país, nomeadamente, à terra que viu o Sérgio Praia nascer.
Será Sérgio Praia o assassino bom? Queremos ver.