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Viagem Medieval de Santa Maria da Feira começa na quarta-feira

A Viagem Medieval de Santa Maria da Feira arranca na próxima quarta-feira, com mais de 2.000 pessoas a trabalharem diariamente no evento para recriar os tempos de “fome, peste e guerra” do reinado de D. Afonso IV.

Essa recriação histórica vai já na sua 21.ª edição e, até 12 de agosto, transformará 33 hectares do centro histórico da cidade, com cenários, figurantes, espectáculos, tabernas, mercados, jogos e música característicos do século XIV, recorrendo, para o efeito, a cerca de 70 companhias e colectividades, assim como a 400 voluntários.

O acesso ao recinto faz-se mediante a aquisição de uma pulseira livre-trânsito ou um bilhete diário, após o que as mais de 20 áreas temáticas disponíveis no evento – nove das quais com entrada paga adicional – passam este ano a reorganizar-se em roteiros mais complexos, juntando várias propostas sob um mesmo tópico turístico medieval.

“Esta edição é dedicada ao reinado difícil de ‘O Bravo’, que governou em anos de muita pobreza, doenças e lutas, e, para ajudar a perceber-se melhor todo esse contexto, nós organizámos o espaço da Viagem em cinco grandes núcleos que funcionam como roteiros: o do castelo, o do convento, o da mata das Guimbras, o do terreiro e o da feira franca”, explicou à Lusa o diretor-geral do evento, Paulo Sérgio Pais.

Toda a oferta de uma determinada zona fica, segundo o responsável, reunida sob um mesmo tópico “e isso vai ajudar as pessoas a organizarem melhor a sua visita, fazendo com que seja mais fácil, por exemplo, dedicarem um dia a cada roteiro”.

Quanto aos espetáculos de grande formato que exploram o contexto histórico a recriar nesta Viagem, em 2017 essas atuações contarão com personagens que se mantêm fiéis ao seu papel também fora dos horários de exibição, para conferirem maior realismo à generalidade do evento.

“O rei que se vê nos cartazes vai ser o mesmo rei que actua nos espectáculos, que desfila nos cortejos e que depois vai circular pelo recinto entre as pessoas”, afirmou Paulo Sérgio Pais.

Segundo o director-geral, foi definido “um conjunto de personagens que são relevantes para a edição de 2017”, criado um guião para cada uma e “elas vão deambular pela Feira a interagir com as pessoas, como se fossem figuras reais a relacionarem-se com o povo na sua actividade normal”.

Quanto aos “mega-espectáculos em que a Viagem é a perita em Portugal”, são três e todos decorrem no palco natural proporcionado pelo terreiro entre a margem do rio Cáster e a mata das Guimbras, perante uma plateia com capacidade para mais de 2.000 lugares sentados.

O primeiro desses espectáculos é ‘Formosíssima Maria’, será levado à cena todos os dias às 18h00, tem produção liderada pela companhia Décadas de Sonho, envolve mais de 100 actores e figurantes e retrata a visita em que a Rainha de Castela veio pedir ajuda a D. Afonso IV, seu pai, para melhor gerir o seu território.

Já ‘Pedro e Inês’, sempre às 21h30, estará a cargo da cooperativa Lourocoop e recupera a força a intemporalidade do romance trágico de Inês de Castro, que foi amante de D. Pedro I, teve dele quatro filhos e seria mais tarde executada por ordem do seu pai, Afonso IV.

‘Aliança Hispânica’, por sua vez, também está a cargo da Décadas de Sonhos, apresenta-se diariamente às 23h30 e contará como Portugal, Castela e outros reinos da Península Ibérica se uniram para “o combate contra os sarracenos”. (Lusa)

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