O presidente da Assembleia de Freguesia de Válega, Arnaldo Oliveira, foi destituído na última reunião do órgão, a partir de uma proposta do PS, partido em cujas listas tinha sido eleito em 2017.
Na sequência desse episódio, a Comissão Política do PSD Ovar diz que se “revê integralmente na posição que foi publicamente apresentada nessa Assembleia pelo seu militante Nuno Santos, cuja postura e elevação muito dignificam aqueles que são social-democratas”.
Em comunicado, o PSD entende que “o exercício de um cargo político impõe um compromisso entre eleitos e eleitores e que o respeito pela vontade dos eleitores é uma condição indispensável em democracia, respeito esse que seria inquestionavelmente destruído caso um político, eleito indiretamente para um cargo em função da sua representação partidária, se mantivesse em funções quando já está publicamente comprometido com outro partido para o futuro”.
Essa atitude, continua, “além de ética e moralmente reprovável, não só defrauda as expectativas dos eleitores como corrói a confiança das pessoas na política e na democracia” e manifesta a sua “profunda discordância face a todos aqueles que não cumprem os compromissos assumidos perante os eleitores e utilizam os mandatos que receberam em listas partidárias para promoverem as suas ambições pessoais, não respeitando os eleitores que votaram nesses partidos”.
Arnaldo Oliveira considera que “em causa está uma decisão que tomei enquanto cidadão independente, numa lista independente que terá apenas efeitos no próximo mandato se for eleito”. “A seu tempo as verdadeiras razões serão explicadas, sendo que algumas delas morrerão comigo. O meu trabalho foi isento e as pessoas poderão julgar, mas agi sempre de acordo com a minha consciência”.
