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Pais indignados com impasse na colocação de monobloco na Escola Básica do Furadouro

O início do próximo ano letivo na Escola Básica do Furadouro está envolto em incertezas. Um grupo de pais cujos filhos ficaram sem vaga naquela escola reuniu-se recentemente com a Câmara Municipal de Ovar para exigir respostas e soluções. Em causa está a recusa da colocação de um monobloco (estrutura modular) que permitiria aumentar a capacidade da escola.

Segundo os referidos encarregados de educação, “a Câmara Municipal garantiu que não existe qualquer impedimento, da sua parte, para a instalação do monobloco, mas que essa decisão depende da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e da Associação de Pais da escola”.

No entanto, após contacto da autarquia, a DGEstE esclareceu, por escrito, que “a decisão compete inteiramente à Câmara Municipal, não sendo da responsabilidade daquele organismo central”. Ainda assim, continuam os pais, “a Câmara reafirmou que não se opõe à instalação do módulo, mas que aguardaria o parecer da Associação de Pais da Escola Básica do Furadouro”.

O grupo de pais das crianças excluídas mostra-se indignado com a forma como o processo tem sido gerido. Consideram “inaceitável que uma decisão de tamanha importância seja deixada ao critério de uma associação de pais” que, segundo o grupo, “tem vindo a demonstrar mais preocupação com interesses próprios do que com o bem-estar de todas as crianças envolvidas”.

Os pais afirmam ainda que sentem que a associação apenas se aproximou do grupo de encarregados de educação no intuito de “beneficiar de eventuais obras de melhoramento” por parte da autarquia, acusando-a de não representar, de forma equitativa, os interesses de todas as famílias.

A Associação de Pais, por sua vez, fez saber que só concordaria com a instalação do monobloco, desde que este não comprometa o bem-estar e a segurança dos alunos matriculados na escola que já funciona em regime de sobrelotação, nomeadamente ao nível da logística das refeições, do número reduzido de casas de banho e da falta de espaço coberto exterior.

Tendo a Câmara de Ovar transmitido a impossibilidade destas alterações ocorrerem a tempo do início do ano escolar, a associação de pais entende que “seria imprudente e irresponsável concordar com uma medida que poderá comprometer essencialmente a segurança e o ambiente pedagógico, físico e emocional das crianças, tendo-se pronunciado de forma negativa à instalação provisória do monobloco”.

Os pais lamentam a situação a poucas semanas do início do ano letivo que “deixam dezenas de crianças sem vaga na escola da sua residência e famílias em estado de profunda frustração”.

 

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