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Esmoriz: Mulher dorme ao relento há mais de quatro anos

Há mais de quatro anos que Rosa Maria está a viver ao relento, junto à porta de entrada do prédio onde habitava, em Esmoriz. “Eu morava aqui e fui despejada, por falta de pagamento, segundo dizem”, explicou-nos em Agosto de 2021, acrescentando: “Não estou aqui sozinha, tenho o processo em tribunal ”.

Natural de Paramos, em Espinho, Rosa Maria tem 54 anos, ajudava na Padaria Flor de Esmoriz quando resolveu instalar-se ali. “Estou aqui por opção, mas não é fácil e só saio quando o meu apartamento me for devolvido”, avisou, na altura.

Hoje, sabe-se que Rosa foi despejada por ordem do tribunal, com intervenção policial, porque não pagava a renda há mais de 12 meses e nunca levou o senhorio a tribunal.

Nestes quase cinco anos, a Rosa foi ficando numa situação deplorável, sem condições e num local que já constitui em risco para a saúde pública sem que, alegadamente, ninguém actue.

O tema voltou a ser falado em recente reunião do executivo de Ovar com a vereadora Ana Cunha a esclarecer que o caso “tem sido objecto de acompanhamento e de várias acções, não só dos serviços municipais, mas também de outras entidades envolvidas, quer da área social, quer na área judicial”.

No entanto, sublinhou que “apesar de todos os esforços, não tem sido possível demover a pessoa de permanecer no local, como forma de reclamação pela situação da sua anterior habitação”.

O vereador António Bebiano, antigo presidente da junta de Esmoriz, recordou que este é um caso que se arrasta há bastante tempo, “na medida que a senhora em causa se recusa a sair do local, que não é espaço público, mas sim do condomínio”. “Sendo assim, as forças de segurança não podem actuar e, da parte do condomínio também não tem havido qualquer iniciativa que permita a acção das entidades públicas”.

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