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Basquetebol: Ovarense está há 37 anos entre os melhores (DA)

Quase no final do seu terceiro mandato, Américo Oliveira avança para o início de mais uma época na presidência da direcção da Ovarense Basquetebol. O clube coordena toda a formação e a equipa sénior feminina, enquanto a SAD, criada em 2006, gere a equipa sénior masculina que faz hoje a sua apresentação em jogo com o Illiabum, na Arena Dolce Vita, a partir das 21 horas.

Em vésperas de se iniciar mais um campeonato da liga, o dirigente coloca as coisas no seu devido lugar: “Somos a equipa há mais tempo em actividade na primeira divisão de basquetebol em Portugal”. Isto é, a Ovarense está há 37 anos consecutivos na principal divisão do basquetebol nacional. “Todos os outros já saíram e voltaram, incluindo o Benfica e o FC Porto, e isso quer dizer muito para uma cidade relativamente pequena do centro/norte do país”. “A verdade é que Ovar respira basquetebol”, resume a abrir.

A direcção do clube vareiro vai concretizar um objectivo cuja necessidade era sentida há muito tempo: A criação da Ovarense B, segundo Américo Oliveira, “uma equipa que venha colmatar dois tipos de dificuldades”. Por um lado, dá oportunidade a jogadores que acabam a sua formação no escalão Sub-18 de poderem ingressar na equipa principal.

Em terra de mar e pesca, pode dizer-se que talvez por isso tenha sido possível aguentar “o barco”, nos últimos e difíceis anos. “Não tem sido fácil encontrar patrocinadores e, sim, sofremos muito com a crise económica, nós fomos imunes a ela”, admite. Nos últimos anos, o clube viu fugir vários patrocinadores e os que ficaram baixaram o seu apoio. “Vimo-nos obrigados a ajustar os nossos plantéis”, admite, revelando que só foi possível ultrapassar esta fase graças aos patrocinadores históricos que se mantiveram connosco e ao apoio da Câmara Municipal de Ovar”.

A maré nem sempre foi de feição, mas a Ovarense conseguiu manter-se nas competições “com dignidade”.

Américo Oliveira explica que a “nossa política é sempre a mesma: não dar passos maiores que as pernas e só assumir compromissos que conseguimos cumprir”. Mas mesmo assim, manter este equilíbrio não foi fácil. Américo Oliveira explica que “quando tudo diminui, as despesas vão sendo sensivelmente as mesmas e chegamos a um ponto em que era dificil emagrecer mais”.

Hoje, a Ovarense respira mais desafogadamente e pode apontar a realizar uma época mais tranquila. “A economia está a mexer mais um pouco e estou convencido que vamos conseguir uma trajectória ascendente com plantéis mais competitivos”.

Talvez ainda não ao nível do FC Porto ou Benfica, que “vivem uma realidade  completamemte diferente dos outros, mas queremos estar ali no grupo logo a seguir”, aponta o dirigente vareiro (ver ao lado).

Nasce a Ovarense B

Aqui chegados, a direcção do clube vai concretizar um objectivo cuja necessidade era sentida há muito tempo: A criação da Ovarense B, segundo Américo Oliveira, “uma equipa que venha colmatar dois tipos de dificuldades”. Por um lado, dá oportunidade a jogadores que acabam a sua formação no escalão sub-18 de continuarem o seu trajecto e de poderem ingressar na equipa principal. “Quisemos dar aos nossos atletas uma oportunidade de continuarem o seu trajecto no seu clube de sempre, pois a maior parte deles está aqui desde o minibasquete ou dos iniciados”, explica.

Por outro lado, a Ovarense B funcionará como uma fonte de alimentação de novos valores para a equipa principal, captando novos jogadores para rodar, intregrando-os para depois acederem, com mais facilidade, na equipa pricipal. Américo Oliveira promete que “é um projecto intimamente ligado à equipa A, até porque alguns estarão numa e noutra”.

É como se estivéssemos a assistir ao renascimento do BCO, um projecto muito querido ao próprio Américo Oliveira, pois foi ali que viveu o seu último ano enquanto praticante de basquetebol. O BCO surgiu em 99/2000, integrando essencialmente jogadores de Ovar mais velhos. Daí em diante, o objectivo passava por encaixar jogadores na equipa principal. “Se, nessa altura, era importante haver uma equipa dessas, face às dificuldades económicas que estamnos a assistir, tornou-se mais importante olhar para a formação e pensar numa forma de a integrar cada vez mais na equipa A”, assevera.

Mas um projecto com estas características implica custos e talvez por isso não nasceu mais cedo. “Estamos hoje disponiveis para fazer o investimento necessário e dar esta resposta”, explica.

A aposta na formação da Ovarense Basquetebol não se limita às equipas masculinas. “A equipa sénior feminina será igualmente uma aposta”, adianta. “Trata-se de um projecto constituído, na sua maioria, por atletas de Ovar e com um treinador que é da casa”. Além disso, é um projecto que se vem afirmando no basquetebol feminino nacional. “Vamos participar na liga por direito próprio, pela terceira época consecutiva, e mesmo com um orçamento mais pequeno que os outros e um plantel com lacunas e limitações que não conseguimos ultrapassar, temos ombreado com os campeões nacionais”. Américo Oliveira recorda que, “há três anos, fizemos ingressar uma norte-americana no plantel, o que se repete este ano e isso sigifica um investimento”.

O clube gostaria de contrtar uma segunda norte-americana, que numa competição tão equilibrada podia fazer a diferença. “O nosso trabalho é andar de porta em porta a angariar apoios para tentar lá chegar”, refere, acrescentando que “estes projectos vão-se afirmando ao longo dos anos”. Este ano, “esperamos fazer um campeonato mais tranquilo e subir na tabeça classifcativa”.

Centenas a aprender

Em Ovar, todos os anos, cerca de 250 crianças começam a praticar basquetebol e a Ovarense agradece, “pois necessitamos sempre de jogadores e jogadoras”. “Isso é muito importante”, frisa, “porque felizmente, a Ovarense está muito bem implementada no concelho, as pessoas aderem muito bem porque sabem que aqui se faz um trabalho sério de formação”. Américo costuma dizer que “quase toda a gente está ou esteve ligada a um qualquer projecto da Ovarense. Estamos muito enraizados. Gostamos desta vivência bairristica e a formação é basilar”.

Ele próprio ali fez a sua formação. “Temos este número de atletas, mas queremos mais porque quantos maior for a base melhor será a topo da pirâmide”.

Em Ovar, pode começar a praticar-se basquetebol desde os três anos, nas equipas do microbasket, depois no babybasket, a seguir no minibasquete, seguindo pelos iniciados, cadetes, sub18 masculinos e sub 19 femininos. Américo Oliveira convida “toda a gente a praticar basquete, com treinadores do melhor que há em Portugal, muitos deles, com cursos de nivel 3”.

O foco da formação da Ovarense é formar atletas mas também passa por formar homens. Américo Oliveira descreve que “as ferramentas que lhes estamos a dar são para usar na competição desportiva, mas também nas dificuldades da vida, ao saber gerir uma família ou estar em grupo”. “Sei do que falo, pois passei por aqui, fiz os meus amigos nestes balneários e sei dar o valor. Estou muito agradecido à Ovarense”.

 

(Ler notícia in Diário de Aveiro)

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