Nasceu há pouco mais de três anos no centro de Ovar e está para perdurar, é certo! Herdou o nome de uma das artes que melhor caracteriza a nossa cidade, assim como o respectivo concelho: o azulejo.
Ultrapassa a designação e a essência de mero bar, puxando a si uma vertente cultural e artística que enaltece a região de todos nós. É através deste seguimento – que evoca a história ancestral vareira – que se vai regendo. O seu espaço já albergou, em tempos bastante idos, um atelier de azulejaria, sendo agora aproveitado, e bem, para pôr a malta faminta de diversão a dançar, a conviver, a brindar.
O Carnaval é trabalhado ao mais minucioso pormenor um por toda a cidade de Ovar, aqui e acolá, e o Azulejo Bar não foge á regra, com um cartaz festeiro pensado e elaborado à medida do espírito irreverente e incansável dos foliões vareiros que vão aprontando a preceito a cidade para receber, durante dias, centenas de milhares de galhofeiros do resto do país, de Espanha, de Itália, da Sérvia, da Macedónia, da Guiana Francesa e do Sri Lanka.
O Azulejo Bar veste-se de cores e engalana-se para as festividades do Entrudo. Em cada canto do espaço respira-se Carnaval. Os camaradas do staff mascaram-se a rigor e fazem cócegas nas barrigas uns dos outros. Grupos e escolas de Carnaval da zona dizem “presente!”. A temática, a música e os convidados musicais variam e enaltecem todos e quaisquer gostos: Rodriguinho, Edgar Marquez, “Baile do Edinho”, Rui Marques, “Funk the Rules”, Carlos Manaça, Johnny Light, Ricardo Figueiredo, grupo Papo de Samba, Miss Sheila, entre outros.
A “coisa” vai-se compondo e o Carnaval vareio está aí e mostra-se verdadeiramente implacável. Apareçam! Vai ser giro e o que acontecer em Ovar, fica em Ovar. Ou não. Depende da sobriedade da malta. Depende se jantarem bem ou não. Depende se acomodarem bem o estômago ou não. Essas coisas, topam? A ver vamos, foliões!
Pedro Nuno Marques
