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Ano Novo, Reis novos

As Troupes de Reis de Ovar já estão a afinar as vozes e ultimam os ensaios para recomeçarem as visitas às casas particulares, centros de solidariedade, cafés, restaurantes e demais centros de ócio da urbe vareira a entoar cânticos ao Menino Jesus.

Em 2014, as apresentações das Troupes de Reis dividiram-se por três espaços da urbe vareira: Salão Nobre da Câmara Municipal de Ovar, Espaço Empreendedor e Centro de Artes e Ofícios. Este ano, os cânticos entoaram-se em frente aos Paços do Município, numa tenda preparada para o efeito, com os espectadores a terem direito a manta para se aquecerem.

Em 2016, a Câmara Municipal de Ovar, a quem incumbe a organização do tradicional encontro de troupes, vai fazer os Reis regressarem ao Centro de Arte. As troupes adultas apresentam-se, no próximo dia 6 de Janeiro, pelas 20 horas, e as infantis vão apresentar-se no mesmo local, no dia 10, a partir das 15 horas.

Quando dividiu o evento por diversos espaços, em 2014, o vereador da Cultura, Alexandre Rosas, tinha em mente a “dinamização do centro urbano e da tradição de rua, imagem de marcam dos cantares”. Mas depois de ouvir o ‘feed-back’ dos intervenientes e de avaliar a logística necessária, “decidimos, este ano, investir numa estrutura coberta instalada em frente à Câmara Municipal de Ovar, que achamos que também não foi ainda totalmente ao encontro da pretensão das pessoas”.

Em 2016, as cerca de duas dezenas de troupes regressam ao Centro de Arte, divididas por dois dias. “As pessoas que decidirem lá ir, serão recebidas com Bolo-Rei e vinho do Porto, numa tentativa de criar um ambiente familiar, como é tradição das casas que recebem os Reis”, anuncia Alexandre Rosas. O vereador adverte ainda que os bilhetes para assistir à Noite de Reis no Centro de Arte devem ser requisitados previamente, num máximo de quatro por pessoa.

Tradição

O Ano Novo traz sempre uma das maiores e mais belas tradições de Ovar – o Cantar dos Reis. Mas antes de saírem para a rua é preciso compor a música, escrever as letras e ensaiar. Note-se que as exibições das troupes são anteriormente bem ensaiadas, sendo utilizado um variado naipe de instrumentos (violão, bandolim, banjolim, bândola e violino), onde o desempenho vocal assume uma grande importância, manifestando-se em bonitas exibições de coros e solistas.

Depois do périplo pelos cafés, restaurantes e associações da cidade, as duas dezenas de troupes têm marcado o encontro, no Centro de Arte, uma oportunidade única para apreciar as mais belas canções evocativas desta ocasião festiva.

Quando saem para a rua, nas noites frias, as troupes de Reis além de espalharem a boa-nova, recolhem donativos em muitos locais da sua passagem. Estes destinam-se tradicionalmente a fins caritativos e/ou sociais, excepção feita às broas do Pão-de-Ló e às garrafas de vinho do Porto (e outras) que adoçam o paladar e alegram as jantaradas que normalmente põem fim às festividades.

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