ComunicadosPolítica

Deputada reclama “ação contínua e estruturante” de dragagens da Ria

A deputada do PSD, Regina Bastos, reclamou no Parlamento uma “ação contínua e estruturante” de defesa
da Ria de Aveiro, concretamente quanto às dragagens no concelho da Murtosa. Intervindo na discussão
do Orçamento do Estado para 2026 na especialidade, a parlamentar social democrata defendeu uma
intervenção regular nos portos de abrigo e na marina de recreio da Torreira.


Numa audição da ministra do Ambiente e Energia, Regina Bastos recordou que a Murtosa “está no coração
da Ria de Aveiro e tem um território cuja identidade e economia são marcadas pela agricultura e pelas
pescas”, para sustentar que “é precisamente esta realidade que reclama a necessidade de acautelar a
dragagem regular das bacias dos portos de abrigo e da marina de recreio da Torreira”.

“Estas dragagens não podem continuar a ser encaradas como intervenções pontuais ou meramente
reativas, mas sim como uma ação contínua e estruturante, essencial para garantir condições de
navegabilidade permanentes, segurança das embarcações e sustentabilidade da atividade piscatória” –
vincou Regina Bastos na Comissão de Orçamento, depois de ter felicitado a ministra pelo “excelente
trabalho que tem feito em muitas frentes, com impacto direto nas comunidades locais e na vida das
pessoas”.

Regina Bastos enfatizou que dos portos de abrigo da ria “dependem diretamente muitos pescadores e
famílias”, destacando, também, o “evidente impacto na economia local” assegurado pela marina de recreio
da Torreira, que “abre caminho a um turismo náutico”, para dirigir-se à ministra: “sei que não lhe trago
novidade ao sublinhar a complexa teia de entidades com competência sobre a Ria de Aveiro”. A esse
propósito, referiu-se a uma nova entidade, a Ria Viva, que está dotada de 90 milhões de euros para investir
até 2030.

“É preciso, pelo menos, assegurar uma coordenação eficaz que evite a degradação progressiva de
infraestruturas e espaços sensíveis” – atirou Regina Bastos, para concluir a sua intervenção com um apelo:
“é urgente remover os despojos de madeira da antiga marina, que encontram-se a boiar na ria junto à
estrada marginal da Torreira, e que permanecem abandonados, constituindo risco ambiental e imagem
indigna daquele património local”.

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo