Opinião

Relato de um Alien- Rosendo Costa

"Por mais que tente, não consigo esconder a minha cara de extraterrestre".

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Quando aterrei aqui pensei que os “aliens” fossem os nativos deste planeta China, mas cedo me apercebi que o alien sou eu. Errei na escolha da minha aparência humana, não tenho olhos rasgados, nem cabelo preto, tenho olhos azuis e sou caucasiano, de tal jeito que diariamente sinto as pessoas a penetrarem-me com o seu intenso olhar como se eu fosse uma criatura verde de outro planeta. Por mais que tente, não consigo esconder a minha cara de extraterrestre.

O planeta China é muito movimentado, barulhento, caótico. O estilo de língua é muito diferente do nosso, não é romanizado, é composto por milhares de caracteres e para os saber ler é preciso saber o tom. Os tradutores de voz não servem aqui, foram feitos apenas para as línguas do nosso planeta.

Descobri novos sabores, formas de confeccionar e fazer comida que nunca imaginaria possível: nunca me imaginei a comer cobra frita, casulos de bicho da seda, ovos centenários que são enterrados em argila debaixo do solo, uma couve picante fermentada chamada “kimchi” ou descobrir que comer com pauzinhos é mais prático do que comer com garfo e faca.

O nosso Zodíaco é diferente, aqui não sou “leão” sou “dragão”, não no sentido clubista de “SCP” ou “FCP”, mas porque as criaturas da roda do Zodíaco são diferentes, não mudam a cada mês, mas a cada ano e não de 31 de Dezembro para 01 de Janeiro, mas todos os anos, segundo um calendário lunar, algures no fim de Janeiro e inícios de Fevereiro.

Na capital do planeta China, há 22 milhões de habitantes amontoados a viver, muito diferente do planeta Europa onde as grandes cidades têm “apenas” 5 milhões e o céu não é azul, é cinzento, o ar fumarento e o Sol alaranjado e que tenta irromper pelo manto de nuvens de poluição que cobrem a super capital do norte. Mas o sistema de transportes é super eficiente: 16 linhas de metro mais extensões, dois aeroportos e mais um terceiro hiper-mega-gigante a ser construído no sul da cidade, arranha-céus que nascem como cogumelos, no meio do nada, a cada ano que passa. Muito diferente do planeta Europa onde os monumentos abandalhados e abandonados dão apenas lugar a especulação e a derrocada e os centenários sistemas de esgotos não permitem a extensão das linhas de metro.

Não se come cão cá como pensam muitos conterrâneos aliens meus, nem nós comemos
hambúrgueres ou pizzas como pensam os nativos do planeta China.
O sistema de comércio eletrónico é tão super desenvolvido e eficiente: nunca levanto dinheiro, uso sempre o QR code para pagar ou receber dinheiro; compro quase tudo online e quando entregam as encomendas se não estiver em casa não é como no país Portugal em é remetido de volta aos CTT de não sei onde – existem umas caixas mágicas à porta dos prédios com ecrã e password e basta introduzir a password da nossa encomenda e “voilá” retiramos a nossa encomenda.

Toda a gente no planeta Europa adora gelados e sobretudo os “gelatos” com um toque de nome italiano para parecer mais chique, mas desconhecem que o gelado foi inventado no planeta China quando os chineses misturaram leite e mistura de arroz na neve. O gelado foi inventado no planeta China e há até gelado de ERVILHA e FEIJÃO VERMELHO!

É este o primeiro relato geral sobre o planeta China. Enviarei outros mais detalhados posteriormente.

Rosendo Costa, nativo europeu destacado no planeta China.

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