
- Festa cresce na capital.
Grupos como Baque do Tejo, Baque Mulher, Palhinha Maluca, Lisbloco e Pandeiro LX mantêm viva a tradição brasileira, enfrentando desafios como a ausência de regulamentação desta arte de rua e o peso de exigências burocráticas.
Em Lisboa, onde a comunidade brasileira ultrapassa meio milhão de pessoas, o carnaval de rua floresce como uma manifestação de identidade e resistência cultural.
Entre ensaios intensos, reuniões políticas e a vibração dos desfiles, o documentário acompanha de perto músicos e artistas imigrantes que, ao transformar tambores, pífanos e pandeiros em instrumentos de luta, criam uma nova forma de pertencimento. Filmado com imersão e sensibilidade, o longa revela como a ocupação do espaço público em Lisboa se torna também um gesto político e poético.
A narrativa é atravessada por uma virada histórica: em 2025, após 2 anos de mobilização dos blocos — muitos deles acompanhados pelas lentes do filme — a Câmara Municipal de Lisboa reconhece oficialmente os desfiles como manifestações culturais, incluindo o carnaval no calendário oficial da cidade.
O filme é um retrato vibrante e necessário de uma transformação em curso: uma celebração da força coletiva que brota das ruas, atravessa fronteiras e transforma adversidade em festa.
A narrativa mostra o momento histórico de 2025, quando a Câmara Municipal passou a reconhecer oficialmente os desfiles como manifestações culturais, incluindo-os no calendário oficial da cidade: retrato vibrante e urgente da força coletiva que brota das ruas e ressignifica a experiência migrante em Portugal.