Cultura

TAN TAN TANN regressa a Esmoriz nos próximos dias 17 e 18 de junho

Em jeito de prólogo, pode dizer-se que o nome do festival soa bizarro à primeira audição, é bem verdadeira essa constatação. Com um grau de adjetivação aceitável, diremos que é ‘engraçado’. E afinal, o que é o TAN TAN TANN? O nome deste projecto foi estudado a partir das palavras: tanoeiro, tanoaria e do som TANN. Assim nasceu a denominação, que é quase uma onomatopeia…TAN TAN TANN. Expressão que desde logo é também assumida como nomenclatura para o Festival Internacional de Artes Performativas Contemporâneas, com ocorrência em Esmoriz, e que está prestes a iniciar a sua sexta edição, algo que acontecerá já nos próximos dias 17 e 18 de junho, na Tanoaria Josafer sita na referida localidade. A iniciativa é, em termos de organização, promovida pela Câmara de Ovar e a Imaginar do Gigante, com o apoio da Tanoaria Josafer.

O projecto TAN TAN TANN une públicos em torno de um evento transdisciplinar, onde a arte da Tanoaria se funde com a arte contemporânea. A missão passa por devolver um lugar ancestral à comunidade a partir das práticas artísticas. Um potencial catalisador de novos meios de turismo e fixação das populações. Há também um desígnio copioso: o de tentar envolver a cidade e aproximar a sua comunidade residente, despertando e estimulando por via do festival um sentido de pertença quer às artes, quer ao seu património.

No domínio da programação (em dose dupla para cada um dos dois dias), na essência aquilo que consolida e afirma os princípios e a filosofia de conceito acima enunciados do TAN TAN TANN, o dia 17 de junho, sexta-feira, reserva-nos a presença da companhia El Patio Teatro, de Logroño, Espanha. A estrutura apresenta-se neste encontro artístico com a peça Conservando Memoria, uma incursão que se caracteriza por uma viagem imersa em recordações da vida dos avós e do desejo de guardar e preservar as memórias dos ascendentes, mesmo que estejam vivos ainda. E mesmo que as suas vidas nada tenham de extraordinário, o que só por si e precisamente já é extraordinário. Tem início às 21h30.

A.Ves, por seu turno, propõe para o final dessa mesma noite uma performance que tem como horizonte o domínio do onírico: O Sonho Que Não Se Pode Quebrar e Não Se Pode Quebrar e Não Se Pode, assim mesmo com este título e baseado na obra “The Dream”, de Henri Rousseau, bem como em “Sestina for the Douanier”, de Sylvia Plath e com recurso a Salva officinalis se faz paulatinamente um tributo obreiro aos lugares.

No sábado, dia 18 de junho, às 21h30, A Alma D’Arame, companhia sediada em Montemor-o-Novo, será portadora do trabalho King Kong – Quem é o Monstro? Uma sugestão em registo de teatro de marionetas que através de uma metáfora aborda a tomada de poder do homem sobre a natureza, bem como resultado disso mesmo. É a natureza retratada no masculino, de forma selvagem, devastadora e inadaptável! O humano civilizado defende o lucro. O humano selvagem mantém o equilíbrio com sacrifício de virgens.

O catalão Arnau Obiols, performer e músico, encerra a noite de sábado do TAN TAN TANN numa abordagem de sons cuja inspiração é matizada pela música tradicional dos Pirinéus Catalães convertida para o ambiente mais contemporâneo. Uma toada de diapasão que casa o primitivo com a arte moderna. (Ver nota de imprensa integral em doc. anexo, bem como fotos e demais informações sobre a programação).

Ver programa completo em: https://www.imaginardogigante.pt/c%C3%B3pia-tan-tan-tann21

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