Opinião

Na 33, diga lá outra vez – Henrique Gomes

O Alentejo é sempre muito além- distante, diferente, de sonoridade particular e funcionando em ritmo peculiar.
Apesar de já ter assistido a muitas competições de ciclismo, a Alentejana contou com poucas presenças minhas: duas.
Estava tudo para previsto para a manhã de hoje: sair cedo de casa para não chegar tarde a terras forasteiras , para desta forma não perder nada e com a esperança que a tua equipa ganhe.

Ovar ficou há muito para trás, Ovar permanece presente em vários formatos, aqui em Portalegre.
A Alentejana prepara-se para iniciar a sua versão 33, em dia de sol quente mas de ar gélido.
Aproximamo-nos do local de partida e da romaria que habitualmente se instala à sua volta:
Os ciclistas já iniciaram os procedimentos da assinatura de ponto, e a restante comitiva vai conversando descontraidamente.
O speaker, com acentuado sotaque alentejano, vai apresentando os ciclistas e suas equipas.

A nossa chegada não passa desapercebida ao speaker, que aproveita um hiato na apresentação das equipas para anunciar aos presentes algo de inesperado:
– A força que o ciclismo tem! Vem de Ovar, o João Gomes para assistir à Alentejana!
Apontando para o meu pai lá continua ele:
– Ex. ciclista da Ovarense e que foi o rei do Carnaval de Ovar deste ano.
Portalegre reservou-nos uma alegre e inesperada recepção, algo que soube muito bem após
o prolongado galgar de quilómetros.

Senhor speaker, na edição 33 da Alentejana, diga lá outra vez essas frases que tão bem se ouviram!

Henrique Gomes

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