Opinião

Tony Bennett (1926-2023) – Por Raul Almeida

Tive a infinita sorte de vê-lo em dois concertos excepcionais. Num deles, assinou-me um disco e trocamos umas palavras simpáticas.

Impressionou-me a forma como o homem ‘bigger than life’ se sabia tornar próximo, quase íntimo.

Foi sempre o meu ‘crooner’, nunca tive que passar pelo dilema Bennett/Sinatra. Adoro o Sinatra, mas o Bennett esteve sempre no cume do meu Olímpo.

A voz grave e de uma extensão incrível, o swing ligeiramente arrastado, a infinita simpatia e a nobre humildade, a relação que criou com a música e com o público, a história de vida impressionante.

Tenho uma folha que rasguei de uma Playboy americana dos anos 80 em que Bennett se apresentava junto de um mega sistema de som composto pelo Mark Levinson, que dizia apenas “Tony Bennett, music lover”; e era isso mesmo, uma enorme paixão pela música e o infinito talento de a transmitir.

Quando editou o primeiro Duets, ligaram-me da TSF para uma entrevista às duas da manhã, que fiz enquanto conduzia na A1 a caminho do Porto.

No final, o entrevistador só comentou: “quando me deram o seu nome, disseram-me que gosta muito do Bennett, mas é muito mais que isso!”.

Pois é.
You’ll always be around Tony.

Raul Almeida

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