Opinião

Turismo, sim, mas que Turismo? – Lobo Mau

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Toda a gente fala em Turismo, nesta terra. Mas que Turismo e que turistas queremos em Ovar? Alguém sabe? Queremos continuar a ter os nossos hotéis cheios de turistas estrangeiros que só vêm a Ovar pernoitar e passam o dia fora em circuitos turísticos que contemplam Porto, Aveiro e Fátima, por exemplo, ou queremos apanhar o “avião” do Turismo do futuro próximo?

É bom que se tenha uma ideia do que se quer. Ideias avulsas ficam bonitas nas fotografias, mas é preciso mais: É preciso estratégia.

Convém saber que, nos próximos três anos, vai abrir-se um processo de definição estratégica da internacionalização da Marca Portugal. Queremos estar lá? Na linha da frente? A Marca Portugal consta de um conjunto de activos e nestes a Região Centro posiciona-se em cinco. Quer seja em Mercados de Curta, Média e até de Longa Duração.

Um dos Mercados é o chamado dos produtos mais maduros, o do património e aqui junta-se o material e o imaterial e depois, no conjunto dos outros produtos, como o Turismo Activo, de Natureza, BirdWatching, Cycling, Walking, etc. Portugal quer posicionar-se em mercados e segmentos cuja procura é crescente e consolidada. Podemos aproveitar? Temos condições para isso? Parece evidente que sim.

Durante muitos anos, Portugal posicionou-se num único produto e afirmou-se praticamente como um destino de Sol e Praia e isso criou-nos um problema de monoproduto, o que fez com que outros produtos não tivessem a visibilidade e o crescimento que outras regiões estão a ter. Mas nós temos isso tudo.

O Turismo na Região Centro cresceu 7,2% em Janeiro de 2019, o país cresceu 4% e isso faz-nos perceber que a tendência é para produtos ditos não tradicionais. A afirmação de Portugal como um destino de Sol e Praia criou um problema forte de sazonalidade (porque está associado a uma fase do ano, como o Carnaval e a Quaresma), o(s) mesmo(s) com que o nosso concelho se tem debatido, agravados pela erosão costeira. Não será esta uma oportunidade para aproveitar e debater a sério o Turismo que queremos entre nós?

Temos que perceber que o futuro da actividade turística está a fugir da oferta tradicional, posicionando-se antes nos produtos emergentes. E um deles é a relação com a natureza, os circuitos e o que as pessoas procuram e encontram pelos seus próprios meios e não dependem apenas da organização das entidades públicas.

Por nós, pelos nossos filhos, pela nossa Terra de Mar, Ria, Floresta, Água, Verde e Azul. Vamos pensar nisso?

Quem tem Medo do Lobo Mau?

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