Opinião

ÉBOLA e é a Bola – Florindo Pinto

As preocupações com as consequências da epidemia que, oriunda de África, se está a espalhar pelo mundo, são de todo sérias e a tomar em linha de conta. É mesmo sentido que é necessário a conter, a combater e a não deixar mais se disseminar.

As entidades oficiais, ao que nos dizem os mais diversificados órgãos da comunicação social, estão atentos e prevenidos, quanto às causas e efeitos, e, por isso, a desenvolver um trabalho cuidado e sério. O mundo enfrenta uma triste realidade e vive-a neste verão. Os especialistas classificam de aterrador a epidemia, a que deram o nome de Ébola.

E enquanto isso se passa, “lá longe”, por enquanto, neste recanto que se chama de Portugal, devemos estar preparados para enfrentar um outro tipo de epidemia, não tão gravosa como aquela que silenciosamente mata, mas que começou a ser vivida com a entrada em campo de alguns atletas que se dedicam à actividade futebolística, nesta época de 2014/2015.

Barulhentos, repetitivos “cegos” pelo esplendor das suas cores, vai andar por aí um sem número de apaniguados do desporto, a espalhar as suas opiniões, em voz alta e em discussões acaloradas, quantas vezes no papel de “copiantes”, por que leram os profissionais de escrita, ou ouviram os ditos “especialistas”, que tudo sabem, muito prevêem e apontam erros tácticos ou técnicos.

E vai ser assim: algum povo que leu jornais desportivos, que ouviu rádio e esteve em contacto com a televisão, fica a saber o que sabe ou passa a saber o que os outros sabem, ou pretendem fazer saber.

Esse povo, munido de “tanto saber”, assume o “seu papel opinativo”, a defesa da “sua dama” fala e quase grita, e não se coíbe de, em ambiente de café, no aconchego dos restaurantes, em pleno recinto público, tomar posições, nada silenciosas e de conversa de gente, e adulteram o silêncio transformando o estado normal das coisas.

Essa epidemia, que muitos terão de suportar, e que se instalou em Portugal, a partir dos primeiros jogos da época, a sério ou a brincar, tem um nome e uma razão de ser: é a bola.

Florindo Pinto

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