Política

Vereadora do AGIR rejeita proposta do PS em defesa do Pinhal de Ovar

A vereadora do movimento AGIR na Câmara Municipal de Ovar, Lígia Pode, criticou a proposta apresentada pelo Partido Socialista (PS) para suspender o Plano de Gestão Florestal (PGF) do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, afirmando que a medida “não tem qualquer validade legal” e serviria apenas para “enganar os cidadãos”.

Em nota enviada à comunicação social, a autarca defende que a Câmara não possui competências legais para suspender um plano do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), razão pela qual votou contra a proposta. “Recuso-me a participar neste teatro político”, afirmou, garantindo que não está disponível para “assinaturas para a fotografia” nem para deliberações “inúteis apenas para gerar manchetes”.

A vereadora sublinha que, enquanto o PS apresenta “uma proposta vazia”, o Executivo municipal já terá encetado contactos formais com o ICNF. Segundo avançou, o presidente da Câmara reuniu no dia 13 de novembro com o diretor daquele organismo, tendo sido acordado o início imediato do processo de avaliação do PGF 2020-2038, com vista à sua revisão.

Para o AGIR, a forma adequada de acompanhar o processo deverá passar pela Assembleia Municipal, através da criação de uma comissão plural e transparente, garantindo a participação de todas as forças políticas eleitas.

A autarca acusa ainda o Partido Socialista de tentar “fabricar uma crise política artificial” com o objetivo de fragilizar o acordo de governação entre AGIR e PSD em Ovar. Recorda que a revisão do PGF consta, aliás, do entendimento político estabelecido entre os dois partidos no início do mandato.

“Trata-se de uma tentativa de apropriação de uma causa que nunca foi sua”, afirma, sustentando que o Executivo municipal continuará focado “num trabalho sério, de diálogo e de resultados”, em defesa do património natural do concelho.

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