Saúde

Elas criaram criam processo inovador para deteção de biomarcador para cancro de mama

Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA), em colaboração com investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Microsistemas e Nanotecnologias (INESC-MN), desenvolveu um processo inovador para deteção de biomarcador para cancro de mama.


Uma equipa de investigação do CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro e do
Departamento de Química, composto pelas investigadoras Mara Guadalupe Freire
Martins, Maria Silvina Marques Mendes, Ana Francisca Silva, da UA, em colaboração
com João Pedro Conde, Inês Agostinho e Virginia Chu, do INESC-MN, desenvolveu
um processo inovador para o pré-tratamento do soro humano, que leva a melhorias
na deteção do biomarcador recetor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano
(HER2).

Esta abordagem é crucial para a monitorização do cancro da mama, uma vez que a
análise do HER2 no soro humano é de extrema importância na gestão da doença. Os
dispositivos empregues neste processo podem ser utilizados para uma análise rápida
e eficiente, o que potencia um diagnóstico mais ágil e um acompanhamento mais
eficaz da doença.

“Esta invenção visa abordar vários desafios críticos na deteção e monitorização do
cancro da mama”, afirmam as investigadoras, continuando: “Em primeiro lugar,
procura superar as limitações dos métodos convencionais de análise, que são
frequentemente afetados pela presença de proteínas abundantes no soro humano.
Estas proteínas interferem significativamente na deteção precisa e exata de
biomarcadores em baixas concentrações, como o HER2.”

Assim, esta invenção pretende resolver o problema da falta de sensibilidade e
especificidade na deteção de biomarcadores em amostras clínicas complexas, um
obstáculo comum nos diagnósticos atuais. Esta tecnologia permite o diagnóstico
rápido, económico e acessível, especialmente importantes em contextos clínicos
onde o tempo e os recursos são limitados.

O desenvolvimento desta inovação surgiu no âmbito do projeto PTDC/EMD-
TLM/3253/2020: “Integração do pré-tratamento de fluidos humanos e deteção de biomarcadores

tumorais utilizando sistemas aquosos bifásicos formados por líquidos
iónicos em dispositivos microfluídicos”, financiado pela Fundação para a Ciência e a
Tecnologia (FCT). O projeto começou em 1 de março de 2021 e terminou em 28 de
fevereiro de 2025.

Dado o potencial inovador da tecnologia, a UA, através da sua unidade de
transferência de tecnologia, UACOOPERA, submeteu de um pedido provisório de
patente, seguido de um pedido europeu. Atualmente, decorrem os primeiros 12
meses sobre o depósito, pelo que ainda se pode avançar com a proteção noutros
territórios em que haja interesse.

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