
Um roteiro para atingir a neutralidade carbónica do setor, formado por quatro cenários complementares de descarbonização e transição energética, esteve em debate no complexo químico de Estarreja, com a presença do ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida.
Durante o evento, intitulado “Competitividade & Descarbonização — o Futuro da Indústria Química Portuguesa”, organizado pela APQuímica, apresentou-se um estudo sobre a competitividade da indústria química, petroquímica e de refinação nacional, realizado num ambiente de alterações geopolíticas e económicas que colocam forte pressão sobre a competitividade da indústria a nível europeu.
No evento promovido pela AQP, Air Liquide, Bondalti, CIRES e DOW no Centro de Negócios do EcoParque de Estarreja, a sessão da tarde centrou-se na apresentação das principais conclusões do Roteiro para a Neutralidade Carbónica da Indústria Química Portuguesa 2050 (RNCIQ PT 2050) e do Estudo de Competitividade da Indústria Química Portuguesa, dois trabalhos promovidos pela APQuímica, que contaram com o apoio técnico das consultoras EY e Shiftify, e que definem cenários e prioridades estratégicas para o futuro do setor, identificando igualmente os principais desafios envolvidos e propostas para os ultrapassar.
A sessão de abertura contou com intervenções da CIRES em representação do Complexo Químico de Estarreja e do PACOPAR, do Presidente da APQuímica, e da Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Dra. Isabel Simões Pinto, que destacou o papel estruturante do complexo químico de Estarreja na economia local e nacional.
Num momento de grande transformação e turbulência geopolítica, com fortes desafios para o setor, regressámos assim a ambiente industrial, para fechar o projeto de desenho do RNCIQ PT 2050 desenvolvido pela APQuímica e pelos seus associados com apoio PRR, e para discutir o futuro da Indústria Química, com a apresentação das principais conclusões do Estudo de Competitividade do Setor.
Assumindo Competitividade e Descarbonização como os dois grandes vetores – interdependentes – de evolução futura da Indústria Química, como implementar os cenários de descarbonização previstos no RNCIQ PT 2050 neste novo contexto?
E, replicando a discussão europeia em curso, como preservar a competitividade e a permanência em Portugal deste setor crítico para a restante indústria, economia e Sociedade?
Estes foram tópicos que serviram de mote para as mesas redondas de debate sobre os desafios e oportunidades da descarbonização e da competitividade do setor, com a participação de representantes da Agência para o Clima, Agência Portuguesa do Ambiente, HyChem, DG Energia e Geologia, Banco Português de Fomento, DG Atividades Económicas e DOW.
As notas finais estiveram a cargo da Bondalti, em representação do Complexo Químico de Estarreja, com uma reflexão sobre o estado atual e os desafios e caminhos futuros da indústria química em Portugal. O Ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, realizou a intervenção de encerramento do evento, reforçando a importância de trabalhar de forma integrada o processo de descarbonização do Setor e o reforço dos seus fatores de competitividade.
O evento reforçou o compromisso da indústria química nacional com a sustentabilidade, em particular com a descarbonização e transição energética, e a inovação, num contexto de competitividade, reunindo empresas do setor, entidades de ciência e tecnologia e outros parceiros, entidades públicas e decisores políticos, num espaço de diálogo e partilha de conhecimento sobre o futuro do setor.


