“A Herdade” estreou nas salas de cinema de Portugal na passada quinta-feira, e chega à sala do Dolce Vita Ovar na quinta-feira.
A realização é de Tiago Guedes, o argumento partilhado entre este, o escritor Rui Cardoso Martins e o guionista francês Gilles Taurand. Tem Albano Jerónimo no principal papel, de “um homem carismático, daqueles maiores do que a vida” à frente de um elenco com actores donos de um talento reconhecido do público português como Sandra Faleiro, Miguel Borges, Ana Vilela da Costa, Victória Guerra, entre outros.
“A Herdade” conta a história de uma família portuguesa dona de um dos maiores latifundios da Europa e desenrola-se durante a segunda metade do século XX. O país passa por um momento histórico de grandes mudanças e impacto naquilo que era a vida dos portugueses com aquela que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, pondo assim fim ao Estado Novo e dando inicio a uma viragem no paradigma nacional, que passa a ter uma nova conjectura política, económica e social, afectando de forma profunda a vida dos seus cidadãos, a maioria dir-se-ia para uma melhor vida mas não seria esse o caso desta família – o que por si só revela um ponto de vista interessante e poucas vezes abordado quando se fala neste novo Portugal.
A Herdade é um filme onde, à medida que o tempo passa desenvolve as suas personagens e todo o ambiente exterior onde estas se enquadram, aprofundando a complexidade humana e social sem que, com isso, perca a emoção e energia cinematográfica necessária para deixar o espectador de “olhos colados” ao ecrã.
