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“Cantar os Reis em Ovar” – Por João Costa

A minha intromissão nos Reis começou quando tinha nove anos e ouvi os Reis a cantar. Em 1949, ouvia-se as trupes da ADO, Comércio & Indústria e Os Rouxinóis, que visitavam a casa dos meus pais quando vieram para Ovar.
Alguns anos mais tarde, em 1958, já adolescente, convidaram-me a sair com a Trupe do Comércio & Indústria, no último ano em que saíram para a rua. Um ano depois, juntamo-nos, com mais rapazes da Joc/Loc e escuteiros, e fundamos a Trupe da Joc/Escutas, com elementos dos dois organismos.
Quando os escuteiros desistiram, ficamos até aos dias de hoje com a designação da Trupe JOC/LOC. Começamos este percurso em 1967, com uma homenagem à D. Maria Amélia Dias Simões por 50 anos de devoção á trupes de Ovar. Nesse momento, editamos a primeira Revista Reis que é, desde então, editada todos os anos.

Em 1970, estivemos no centenário do nascimento de António Dias Simões, e agora pelos 150, mas a homenagem vem de trás. Ele é o pai da Maria Amélia Dias Simões e pai da tradição dos Reis em Ovar a quem homenageamos, com pompa e

circunstância.
Em 1993, surge o centenário da tradição dos Reis em Ovar. Aqui, despertaram-me a ideia que me vinha perseguindo de escrever um livro. Foi o caso de Pinho Lopes, Padre Bastos, Emerenciano, José Maria Graça e José Maria Campelo que, apesar de não ser de cá, tinha aqui família e apaixonou-se pela nossa terra.
Mais tarde, pouco tempo antes de morrer, enviou-me um texto com alguma da história dos Reis de Ovar. Isso motivou-me para iniciar este projecto que contou com algumas interrupções pelo meio.
Foram inúmeras as recolhas que fiz. As ajudas (que tive aqui agradeço) e a persistência trouxeram-me aqui. Tentei falar com verdade e fidelidade.
Aos 150 anos de António Dias Simões, senti-me motivado para lançar o livro, entretanto adiado para agora, por motivos que não pude controlar.
Sobre a distinção de Património Cultural Imaterial, enquanto reiseiro apenas digo que acho ser oportuno para se recorrer a todos os meios de comunicação para anunciar esse feito de modo a que todos os tenham dele conhecimento. Um acontecimento e motivo de orgulho para todos nós, vareiros, e não só.
Obrigado pelo interesse que este projecto despertou no elenco autárquico ao assumir a edição deste livro.
Agradeço a quem me ajudou e duas dessas pessoas não estão presentes. O Sr. Padre Bastos, que se fosse vivo estaria aqui, e à minha mulher a quem dedico estes momentos.
João da Silva e Costa

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