Gisela Rosa vence Prémio Literário Glória de Sant’Anna
A autora Gisela Gracias Ramos Rosa é a vencedora do 6.º Prémio Literário Glória de Sant’Anna, com a obra “O Livro das Mãos”, da editora Coisas de Ler. Refira-se que esta é a segunda vez que este prémio lhe é atribuído, já que em 2014 a obra “Tradução das manhãs”, também arrecadou o prémio.
A entrega do prémio e das Menções Honrosas aos Finalistas vai acontecer na Capela de São Gonçalo, em Válega, no próximo dia 26 de Maio.
O prémio é destinado ao autor do melhor livro de poesia em língua portuguesa editado no ano corrente e é organizado pelo Grupo de Acção Cultural de Válega (GAC), em colaboração com a família de Glória de Sant’Anna.
“Habitar na palavra, na metáfora, na síntese e na metafísica, som elementos vitais neste livro de Gisela Ramos Rosa. Estes atributos são uma das marcas importantíssimas que oferece este projecto poético”, diz o escritor galego, Xosé Lois Garcia, membro do júri, acrescentando que “um dos valores deste livro é a capacidade de síntese que nos mostra a sua autora. Impressiona esse dom que Gisela manifesta. O que pode escrever em poesia não o faz em prosa; o que ela sintetiza em três ou quatro versos, outros poetas o fazem em vinte. Esta autora sabe muito bem descobre-nos o grande milagre da poesia, realizando extraordinariamente o crescer duma magnífica e comunicante linguagem”, remata.
Além de Xosé Lois Garcia, o júri é constituído por Nazir Can, professor universitário brasileiro, Mia Couto, escritor moçambicano, Jacinto Guimarães, do Jornal de Válega, e Andrea Paes, ourives, que escolheu a obra premiada por unanimidade.
O Prémio Literário Glória de Sant’Anna é um prémio Internacional de poesia em memória do Poeta Glória de Sant’Anna. O valor do prémio de 3 mil Euros é destinado ao autor do melhor livro de poesia em língua portuguesa editado no ano corrente e é organizado pelo Grupo de Acção Cultural de Válega (GAC) em colaboração com a família de Glória de Sant’Anna e várias entidades patrocinadoras.
A vencedora manifesta-se muito feliz por estar “de novo no centro de tudo o que faço com as mãos” e agradece a todos os que “têm acreditado na minha poesia”.
Em especial à família Andrade Paes que “dedica o seu carinho a este prémio, criado em memória da sua mãe, uma poeta que se entregou à palavra e à educação, uma pessoa sensível e humana cuja memória está viva e nos liga”.