O Museu Escolar Oliveira Lopes, em Válega, recebeu esta terça-feira a quarta edição do “Dia do Cuidador”, dinamizada pela Associação Fraterna de Prevenção e Ajuda (AFPA), precisamente no dia do ano em que se presta homenagem a todos aqueles que se dedicam aos que não podem cuidar de si próprios.
“O aparecimento do estatuto do cuidador informal, toda esta mudança na sociedade em Portugal – cada vez mais envelhecida – vai, com certeza, necessitar no futuro de grande apoio deste tipo de instituições, como é o exemplo da AFPA”, disse o diretor clínico do Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar), Rui Dias, salientando que face à carência de recursos humanos a maior parte das unidades hospitalares se encontra num processo de reorganização para diminuir a sobrelotação nos internamentos, que passa também pela hospitalização domiciliária.
O responsável falava na cerimónia de abertura dos trabalhos desta vez dedicados aos cuidadores familiares que desempenham um papel crucial e que contou ainda com a participação do presidente da Liga dos Amigos do Hospital de Ovar, Carlos Pinto Ribeiro.
Com esta iniciativa – refere a AFPA – “organizou-se um dia dedicado à partilha de experiências de profissionais que desenvolvem a sua atividade em torno do Estatuto do Cuidador Informal e da (re)valorização e corresponsabilização da família na mobilização de recursos para a criação de redes de apoio facilitadoras de uma maior autonomia e bem-estar do paciente”.
Estima-se que em Portugal existam entre 230 mil a 240 mil pessoas cuidadas em situação de dependência.
O “Dia do Cuidador” resulta do protocolo de cooperação celebrado em 2018 entre a AFPA, Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar, Câmara Municipal de Ovar, Liga dos Amigos do Hospital de Ovar e a Junta de Freguesia de Esmoriz.
