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Município lançou primeira pedra para habitação social em Esmoriz

António Bebiano, presidente da Junta de Frguesia de Esmoriz e Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar lançaram, este sábado, em Esmoriz, a primeira pedra da construção, a expensas próprias, de 30 apartamentos para famílias do bairro piscatório que regularmente têm a casa inundada pelo mar e há décadas aguardavam financiamento do Governo.

Em causa está a construção de 18 fogos de tipologia T2 e 12 habitações T3, mediante um investimento de 2,2 milhões de euros que o presidente da autarquia garante ser suportado "a expensas completas da Câmara Municipal".

O social-democrata Salvador Malheiro declarou que a prometida comparticipação por parte do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana [IHRU] vem sendo sucessivamente adiada desde 1994 e defende que "já se esperou tempo de mais por esta obra".

"Primeiro, houve problemas com a desafetação do terreno que não previa urbanização e seguiu-se um diferendo entre a Junta de Freguesia de Esmoriz e o Parque de Campismo do Porto [sobre a área a utilizar]", recordou o autarca. "Depois, foi o desacordo entre a Câmara e o IHRU, que até hoje não cumpriu o acordo assinado com a autarquia", acrescenta.

\"\"Para Salvador Malheiro, a situação não podia prolongar-se mais, considerando que várias casas do bairro piscatório são construídas em madeira e "as pessoas vivem em contacto permanente com o mar e numa aflição constante, sobretudo na época das marés vivas".

A construção dos novos 30 fogos de Esmoriz por iniciativa exclusiva da autarquia terá sido proposta em 2013 pelo próprio PSD, que era então a segunda força política no Executivo local. Salvador Malheiro admite, por isso, "uma grande satisfação ao avançar agora para a concretização do projeto".

Inicialmente, a intenção da autarquia era criar em Esmoriz 80 novas habitações, mas, tendo em conta que "o processo se foi complicando ao longo dos anos, nesta fase a Câmara decidiu construir apenas as 30 casas que teria que pagar mesmo que o IHRU entrasse com a sua parte do financiamento".

O prazo para conclusão da obra é de 18 meses e a atribuição dos novos apartamentos será definida entretanto, de acordo com o trabalho de campo que a Divisão de Ação Social da autarquia está a realizar na comunidade.

"As carências de 1994 já não são as mesmas de agora", observa Salvador Malheiro. "A atribuição já está parcialmente decidida, mas vamos rever e atualizar todo o processo para garantir que só vão mudar-se para as novas casas as famílias que de facto precisam delas, por estarem a viver em situação realmente calamitosa", garante. (Fotos: Cidade Esmoriz no Facebook)

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